É muito comum se
ouvir que o pior inimigo é o falso amigo. Quanto ao inimigo, nós, podemos estar
preparados para enfrentá-los e nos protegermos de suas investidas. O contrário
disso, ocorre com o falso amigo, ele pode, partilhar nossas mesas, comungar do
nosso convívio e isso, nos desarma completamente, ao ponto de confiarmos a esse
falso amigo tarefas de nossa estrita confiança. Do falso amigo podemos ouvir
opiniões, conselhos, e os considerarmos legítimos e sinceros.
Os trabalhadores,
do mundo inteiro, tiveram como íntimo parceiro um falso amigo: o Partido
Comunista. Por não perceber que se tratava de um falso amigo, milhões e milhões
de trabalhadores, consideraram os discursos e as propostas desse partido, como
se fossem do seu interesse. O inimigo sempre foi e é, a burguesia. Ela é o
inimigo declarado, ostensivo, e devemos estar atentos. O mesmo não se dá com os
falsos amigos.
A missão política
da classe burguesa é manter de pé, a qualquer custo, o capitalismo. Para
cumprir essa tarefa ela, a burguesia, se apóia em vários discursos soberbamente
mentirosos. Caberia aos socialistas denunciarem essas mentiras e difundir
mensagens educativas para os trabalhadores, baseadas na verdade histórica.
Entretanto, não foi isso o que realmente aconteceu e vem acontecendo. A
esquerda, de matriz stalinista, portou-se e se porta como falso amigo,
contribuindo, por via de suas mentiras, com a sustentação desse sistema sócio
econômico, jogando um papel sumamente perverso quando, também, mente e
desinforma as classes trabalhadoras.
Em face desse
quadro tão adverso, devemos fazer todo o empenho no sentido de refutar os
discursos mentirosos da burguesia e, ao mesmo tempo, refutar os discursos
enganosos dos falsos amigos representados por várias correntes, ditas de esquerda,
que até usam os rótulos de socialistas e comunistas. Devemos ter em conta que a
verdade é revolucionária, e a mentira dos inimigos e dos falsos amigos serve
para dar sustentação a esse sistema sócio econômico exaurido.
Artigo publicado
anteriormente no blog do Gilvan
Rocha
*Gilvan Rocha é militante socialista desde muito jovem. Em 2005
Participou como fundador do Partido Socialismo e Liberdade-Psol. É autor dos
livros: “Vermelho Cor de
Esperança”, “Bye, bye PT”, “Meio
Século de Caminhada Socialista”, “Comunistas
filhos da pátria”, e “1964: A grande derrota e outros textos pertinentes” lançado em 2010. Atualmente é membro do diretório
estadual do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL. É presidente do Centro de
Atividades e Estudos Políticos – CAEP. Escreve, sistematicamente no caderno Opinião, do jornal O
Povo – CE, jornal Gazeta do Oeste, Mossoró
e no Correio Cidadania, SP. E-mail: gilvanrocha50@yahoo.com.br www.debatesculturais.com.br
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