Por: João Bosco Leal
Centenas de
artistas, escritores, poetas e diversos outros pensadores mundialmente
reconhecidos como de elevado nível cultural, já disseram como, na maturidade,
sentem ou sentiram um verdadeiro amor.
Pablo Neruda se
expressou: “Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, te amo
diretamente sem problemas nem orgulho: assim te amo porque não sei amar de
outra maneira”.
Guimarães Rosa
escreveu: “Vem de longe, vem no escuro, brota cresce com a mais remota
chuva. Vem de dentro e fundo. Vem de mãos estendidas. Vem de coisa que
arrebata. É delicadeza viva forte violenta. Que faz doer, partir, deixar caído.
E dói bonito! Cheio de sabor”.
Vinicius de Moraes
recitou: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro
pela vida”.
Fernanda Mello
contou: “Você chegou no meu mundo ao contrário. Me olhou bonito e
entendeu o meu não-entender.”
Mesmo assim poucos
conseguiram, ou simplesmente aceitaram a dificuldade de explicar,
objetivamente, o que é o amor.
Bob Marley
declarou: “Explicar as coisas que eu sinto, é quase como explicar as
cores para um cego”.
A mesma Fernanda
Mello escreveu: “Certas coisas não se explicam. Não existem palavras
que as descrevam ou soluções que as resolva. Sentimentos, gestos, sonhos e
sorrisos. A alma entende e a boca cala”.
Assim, sem tentar
entender, simplesmente observo o comportamento das pessoas em relação ao que
entendo ser o maior e mais belo sentimento que o ser humano pode experimentar.
Entretanto, apesar
de sua grandiosidade, noto que quando uma conduta errônea é cometida por um dos
membros do casal, normalmente provoca, no outro, uma enorme dificuldade em
perdoar e procurcar solucionar as divergências que causaram chateação,
incredulidade, ira, ou qualquer outro sentimento raivoso.
Entendo que, se realmente
houvesse amor, elas poderiam e deveriam ser perdoadas. Creio que os erros e
enganos, mesmo que enormes, devastadores, não podem acabar com o entusiasmo de
novamente semear algo que já deu frutos.
Observo e comovo-me
diariamente, com a tristeza, ausência de sonhos, aspereza e cegueira dos que
vivem sem estar apaixonados.
Fico perplexo ao
ouvir: “vamos deixar o tempo passar” quando, por qualquer
motivo, um verdadeiro amor se desfaz, pois quem experimenta um sentimento tão
nobre sequer sonha em permanecer distante de seu amor por um único dia.
Nada melhor que a
companhia de quem faz seu coração vibrar e, portanto, quem ama deve continuar
agindo, falando ou escrevendo, mesmo que contra a vontade daqueles que pelo
egoísmo, atraso ou inveja tentam impedir o reatamento dos que se amam.
Escrevo sobre
paixão, amor e felicidade, o que muitos nunca sentiram ou sequer sonharam.
Por: JOÃO BOSCO LEAL é jornalista (reg. MTE nº 1019/MS)
articulista político, produtor rural e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio
e conflitos agrários. Blog: http://www.joaoboscoleal.com.br/
0 Comentários