Durante séculos criou-se um mito
de que nós brasileiros não éramos um povo trabalhador. Essa ideia foi difundida
por aqueles que queriam encontrar uma forma de justificar o elevado grau de
exploração a que foram submetidos os trabalhadores brasileiros ao longo da
formação desse país.
Quem pode negar a capacidade de trabalho dos
afro-descedentes, que pagam aos milhares com a própria vida a exploração de suas
forças submetidos a longos e cruéis jornadas de trabalho? Quem pode negar a
capacidade de trabalho dos milhões de índios que subitamente foram aprisionados e obrigados a trabalhar, sem possibilidade de manter suas
tradições? Quem pode negar a capacidade de trabalho de imigrantes, que, quando
aqui chegaram depararam com um mundo diferente e além disso eram explorados e
enganados, obrigados a trabalhar além de suas forças para dar sustento á
família? Quem pode negar a capacidade de trabalho do trabalhador rural
brasileiro, que trabalha de sol a sol? Quem pode negar a capacidade de trabalho
do operário brasileiro, que durante décadas foi mantido confinado nas fábricas
gerando lucros para patrões poderosos, até de outros países?
Tendo em vista a lógica que
motivou a ocupação do nosso território, pode-se concluir que, no Brasil, o trabalho tem sido explorado
para perpetuar os privilégios de uma classe dominante poderosa.
Por: James e Mendes
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