Dizem-me
que há sacerdotes tão atarefados com as obrigações desta vida, que se esquecem,
muitas vezes, da outra. Por: Humberto Pinho da Silva
O
mesmo ocorre naqueles que se encontram perto do sagrado: a familiaridade,
leva-os a olvidarem Cristo.
Esquecer
Jesus, sendo reprovável, é humano, já que Sua Mãe O esqueceu, também, no
templo. Só que Maria, confiou no pai, e cristãos há, que desconfiando do Pai,
confiam nos homens.
Perde-se
Jesus, perdendo a fé, e perde-se, quantas vezes, na Igreja, porque há quem
invoque o nome de Cristo, por orgulho.
Participa-se
por vezes em Movimentos e funda-se obras de assistência, para honrar
vaidades,
e não a Deus.
Propósito
igual, verifica-se nos políticos, e até em alguns ministros de Deus.
Não servem, mas servem-se do crente para alcançarem prestígio social.
Infelizmente,
também, há “duplos” na Igreja. Oram no templo, mas não têm sentido cristão, na
vida.
Neste
caso o termo leigo, é sinónimo de ignorância, já que não entendem que para
alcançarem a Vida, mister é levar o espírito do Evangelho à vida.
Acompanha,
em alguns crentes, outro escândalo: a divisão dos cristãos. Escândalo que não
provêm da separação – em certa medida, pode ser benéfico, – mas pensar que é
senhor da Verdade, esquecendo que há outras Verdades, ainda que a Verdade seja
uma.
Admiro-me
que sendo Deus ou Alá, como dizem os irmãos da Arábia: Amor, os crentes,
pelejem e odeiem-se. Como se Deus proclamasse: Odiai-vos uns aos outros…e não:
Amai-vos uns aos outros.
Como
pode o pagão acreditar no Senhor, com tais crentes?
Também
na Igreja, se perde Cristo, se os fiéis seguem seus desejos e não a vontade de
Dele.
Há
manual de instrução, que não pode ser alterado, nem adulterado, que é a Bíblia.
Livro que inclui os Evangelhos.
Os
que A não seguirem deixam de ser discípulos.
Não
há pareceres, apenas o ensino de Jesus, Filho do Altíssimo, é válido.
O
Escândalo nasce em qualquer parte, mas se tem origem no templo, escandaliza o
mundo e afronta o Céu, afastando descrentes do Caminho.
Pautar
a conduta pelo Evangelho – ainda que, certas vezes, não seja fácil, – é a
vereda correta para prosseguir a jornada até ao sono eterno.
Por: Humberto
Pinho da Silva nasceu
em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu
Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e
Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o
primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração
espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e
USA, e foi redactor do jornal: “NG”.
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