Por: Júlio César Cardoso
Parabéns
ao pronunciamento do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) que chamou de picaretagem
explícita o leilão de parlamentares.
Aos
parlamentares picaretas que trocaram de partidos e que agem como macacos
pulando de galho em galho na ribalta do Legislativo Federal, desrespeitando o
eleitor e emporcalhando a imagem já encardida do político nacional, a sociedade
deseja que os senhores apodreçam no quinto dos infernos e não consigam as suas
reeleições. Políticos lacaios, calhordas, imorais e solertes que usam de meios
velhacos para ludibriar o eleitor nacional.
Essa
imoralidade política só afasta o eleitor. E depois querem que o voto ainda seja
obrigatório para eleger candidato que você não sabe qual será a sua conduta
durante a vigência do mandato.
O que
está faltando na Constituição para que o Parlamento tenha seriedade? Respondo:
mais princípios de Democracia Direta dando ao povo poder de interferir diretamente
no Legislativo para cassar o mandato de políticos descumpridores de suas
obrigações parlamentares: (1) que interrompem o mandato para exercer
cargos nos governos; (2) que trocam de partidos em plena
vigência de mandato;(3) que não têm conduta ilibada no
exercício de suas funções; (4) e que não tenham assiduidade regular
no Legislativo. Enfim, falta maior fiscalização externa ao Parlamento nacional.
Por
outro lado, temos muitos partidos políticos no Brasil sem necessidade. E
estamos criando mais. O dinheiro que vai abastecer os partidos políticos
poderia ser direcionado para atendimento das necessidades sociais. Ademais, a
quantidade de partidos políticos beira a irresponsabilidade das normas vigentes
que permitem essa excrescência. A verdade é que no Brasil não existem partidos
políticos, mas sim um cipoal de siglas partidárias, com políticos sem
identificação ideológico-partidária, que só visam às luzes da ribalta do poder.
Para
o bem da nação e economicidade de recursos, deveriam ser extintos os partidos
políticos, os quais só dão despesas ao erário. Em seu lugar deveria ser
implantado o instituto da candidatura avulsa, sem vinculação partidária. Com
isso, desapareceria a figura nefasta do fisiologismo político do toma lá, dá
cá, que tem sujeitado os governos ao loteamento político dos cargos públicos
com os partidos que lhes deram sustentação para eleição.
Por: Júlio
César Cardoso é
bacharel em Direito e servidor federal aposentado e mora em Balneário Camboriú
– SC – juliocmcardoso@hotmail.com
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