Ressaca
nem sempre é devida a grandes doses absolutas de álcool; por vezes é devida a
dose alta demais para determinada pessoa, que pode nem ser considerável para
outra. Mulheres, por exemplo, tendem a ter menor “resistência” para o álcool e
sofrer mais com efeitos indesejáveis;
Por:Ícaro Alves Alcântara
Ressaca
não é só abstinência: é muito mais desidratação, desnutrição e intoxicação pelo
álcool que a abstinência dele em si;
“Rebater”
a ressaca com pequenas doses de bebidas alcoólicas “mais fracas” é adiar
pequena parte do problema (a abstinência, mas enquanto se sofre por todo o
resto) e agredir um pouco mais algo que já está bastante agredido (no caso, seu
organismo): NUNCA cometa este erro…
Esperar
a fome para alimentar-se quando de ressaca é absurdo! Se parte da ressaca é
desnutrição, quanto menos e pior você comer, mais tempo vai ficar de ressaca;
alimente-se, sim, mas de pequenas quantidades de alimentos leves, a curtos intervalos,
à medida que seu organismo se recupera;
Café
preto pode ajudar, sim, a combater a ressaca (exceto em pessoas hipersensíveis
à cafeína ou que estejam apresentando sintomas gastrintestinais importantes)
mas só se associado a boa alimentação e ingestão adequada de líquidos;
Se
você beber moderadamente e alimentar-se direito, ótimo: menos ou nenhuma
ressaca. Mas se você abusar tanto do álcool quanto de alimentos, provavelmente
somar-se-á à sua ressaca boa quantidade de sintomas gastrintestinais (náuseas,
vômitos, gases, diarréia, …);
Não
ache que porque você comeu antes de beber que boa parte do álcool ingerido não
será absorvido: a maior parte será só que mais lentamente; por isso cuidado se
for parar de beber só quando já não agüentar mais: como já disse anteriormente,
ainda mais álcool está nos seus intestinos e será absorvido, o que
provavelmente te fará “passar do limite”;
Tome
muita água, sim, quando de ressaca: mas nunca de uma só vez ou em grandes
quantidades por tomada: lembre-se que seu aparelho gastrintestinal está
“irritado” pelo álcool e pode não reagir muito bem a sobrecargas de uma só vez
(de nenhuma espécie);
Alimentos
leves ajudam no pós-bebida; mas no “pré” uma alimentação um pouco mais pesada
ajuda bem mais;
Glicose
“na veia” até que ajuda em casos mais extremos, mas overdoses de glicose por
via oral em quem já passou dos limites (em relação à ingestão excessiva de
álcool) podem facilitar náuseas e vômitos (sem contar que a absorção intestinal
já pode estar bem prejudicada).
Enfim,
lembre-se: são poucos os que bebem somente para “apreciar a bebida”; e se a
maioria bebe para sentir-se melhor (de alguma forma), não seria mais sábio “dar
um tempo” quando você atingiu o estágio que desejava? Afinal, se continuar
bebendo a partir do momento em que já está como queria, com certeza vai passar
do ponto e experimentar o lado indesejável (mas tão freqüente) do álcool: vale
a pena?
Um
abraço
Dr.
Ícaro Alves Alcântara
Por: Ícaro
Alves Alcântara é
médico graduado pela Universidade de Brasília em 2000, especialista em
Homeopatia pela Associação Médico Homeopática Brasileira (Instituto de Saúde
Integral).
www.icaro.med.br
www.icaro.med.br
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