Jesus ama o pecador

Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. (Lucas 15:7)
Em diversas passagens bíblicas, deus dá prova da imensidão do teu amor, o amor de Deus é tão grande que nós, humanos, em diversos momentos, não conseguimos compreender e até questionamos em alguns momentos. O problema desses questionamentos, é que sempre questionamos o amor de Deus, quando o Pai o aplica a outrem, ou seja, a alguém que pecou e na nossa cabeça humana consideramos aquele pecado muito grande para que possa ser perdoado.
Por: Leandro de Assis
É comum ouvir pessoas dizerem que determinados marginais merecem morrer, principalmente homicidas e estupradores, e quando um desses pecadores se arrepende e tem um encontro com Cristo, mais uma vez, nossa mente humana entra em ação e não aceita aquele arrependimento, não o enxergamos como merecedor de perdão e sim de uma justiça que seja aplicada para satisfazer nosso desejo de vingança e neste momento, somos pecadores e precisaremos de arrependimento para alcançar o perdão de Deus.

O termo pecador nos dicionários de língua portuguesa, além de definir o termo como “aquele que peca” também afirma que pecador é aquele “que tem certos vícios ou defeitos” e quem não os tem? Lutamos todos os dias para esconder nossos defeitos e vícios, nem sempre o vício é de drogas, vício pode ser de qualquer coisa, tem gente viciada em mentira e em falar da vida alheia, por exemplo. O mais importante, é destacar que, Deus não diz qual pecado ele perdoa, pois o importante não é o pecado que foi cometido e sim o coração do pecador, Deus perdoa o pecador arrependido e não tem dificuldade de esquecer o seu pecado.


Essa dificuldade é coisa nossa, da humanidade, e ao olharmos para um pecador, precisamos ter o olhar de Cristo, aquele mesmo olhar que ele teve ao dizer ao homem que estava sendo crucificado ao teu lado na cruz: (E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. (Lucas 23:42-43). Jesus já salvou este homem, enquanto nós, que aqui estamos, corremos o risco de cair, ele não corre mais este risco, a sua sentença foi proferida e todo o mundo a conhece, porém até hoje, a humanidade ainda o chama de “o ladrão da cruz” quando deveria ser conhecido como o misericordioso da cruz, pois ele teve misericórdia e compaixão com o Cristo crucificado.

Nós humanos, precisamos mergulhar mais e mais nas escrituras para entendermos que não podemos criticar a Deus e que em alguns momentos nossas limitações não nos deixarão entender o coração de Deus, mas a Sua Palavra, é cheia de passagens que demonstram a imensidão do seu amor e a disposição em perdoar um coração arrependido e o texto descrito em Lucas 15 é maravilhoso para exemplificar este amor, pois Deus nos explica através do amor de um homem ao seu filho, este mesmo amor que faz as mães se submeterem, nos dias atuais, a revistas humilhantes nos complexos penitenciários para visitar sua descendência.

Ou seja, Deus, em sua infinita sabedoria, nos deixou uma parábola para dizer que seu amor não tem limites e que muitas vezes nós, assim como o irmão do filho arrependido que retornou para casa do pai, não aceitaremos o perdão de outro irmão e que neste momento, somos nós que precisaremos esvaziar nosso coração do ciúme e dos maus pensamentos e se arrepender dos nossos pecados para alcançar o perdão divino. Infelizmente, muitos pregadores ao usar o texto de Lucas 15, focam no pródigo que abandonou seu lar (a igreja) esquecendo-se daqueles que estão dentro da igreja com o coração cheio de amargura, ódio e vivendo de aparência, mais uma vez eu afirmo, infelizmente o que conta para muitos pregadores/pastores é a igreja cheia de dizimistas e neste momento é melhor encerrar, para não ser a minha vez de pedir perdão.

POr: Leandro de Assis é professor de História, escritor e poeta.

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