Conselheiro atribui a ação desses grupos, o
nĂșmero cada vez mais crescente de de crimes de homicĂdios, com a marca
de 1617 casos somente este ano
O presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania,
Marcos DionĂsio denunciou em seu perfil em uma rede social a ação de
grupos de extermĂnio na RegiĂŁo Metropolitana de Natal. O Conselheiro
atribui a ação desses grupos, o numero cada vez mais crescente de crimes
de homicĂdio, chegando, neste ano, a uma marca alarmante de 1617
assassinatos em todo o estado.
De acordo com DionĂsio, SĂŁo JosĂ© de Mipibu, MacaĂba, Parnamirim,
MossorĂł e Natal lideram o ranking das cidades mais violetas do estado
com 35, 103, 124, 190 e 565 homicĂdios respectivamente, somente este
ano. MacaĂba Ă© a cidade em situação mais alarmante, pois foi o municĂpio
que mais cresceu em nĂșmero de homicĂdios no ano.
Os nĂșmeros crescentes fizeram o governo implantar uma força tarefa
que tinha como objetivo reduzir a violĂȘncia constante em MacaĂba.
Contraditoriamente, do perĂodo em que o grupo foi implantado, em outro
deste ano atĂ© esta semana jĂĄ foram registrados mais 24 homicĂdios na
cidade. “A força tarefa Ă© mais uma ficção”, declarou.
Marcos DionĂsio aponta ainda o crescimento de assassinatos entre
mulheres, com registros em torno de 110 homicĂdios, alĂ©m de outros
grupos sociais como crianças, adolescentes e jovens. “HĂĄ um genocĂdio em
curso contra esses grupos”, diz DionĂsio.
Outra preocupação apresentada pelo coordenador dos direitos humanos é
o movimento migratĂłrio que pode ser ocasionado com a chegada do novo
aeroporto de SĂŁo Gonçalo do Amarante. Segundo ele, o municĂpio tende a
absorver a violĂȘncia de cidades fronteiriças como MacaĂba e Parnamirim.
“Como preparar SĂŁo Gonçalo para enfrentar a violĂȘncia que a riqueza que
passarĂĄ pela cidade atrairĂĄ a partir do novo aeroporto, sem mais
policiais”, questiona.
A não atualização do efetivo policial e a falta de estrutura das
instituiçÔes que compĂ”em a segurança pĂșblica do RN tambĂ©m estĂŁo entre as
denuncias de DionĂsio. Segundo ele o governo nĂŁo tem convocado novos
policiais civis formados e nem os remanescentes do Ășltimo concurso da
PolĂcia Militar. Recentemente o governo firmou um acordo com o Sinpol se
comprometendo a convocar 20 policiais civis por mĂȘs. Segundo ele, o
poder executivo jå estå devendo 60 convocaçÔes.
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