O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) realizou
fiscalização, na manhã de ontem, em diversos postos de combustíveis de
Natal. O objetivo da ação foi coibir a alta de preços abusiva da
gasolina em todo o Estado.
Segundo o coordenador estadual do Procon,
Ney Lopes Júnior, qualquer posto que venda uma gasolina acima de R$
2,87 está passível de ser multado e ter seu o preço reduzido. O
coordenador afirmou que as multas podem chegar a R$ 200 mil, caso não
haja justificativa explícita para o preço cobrado.
Ney Lopes Júnior
disse que o valor de 2,87 não é um tabelamento de preços, uma vez que
isso é proibido pela Constituição, mas sim um parâmetro, que data, a
partir da situação econômica do Estado, uma média justa a ser cobrada
pelos postos. Segundo dados do órgão, dos 16 postos de gasolina
fiscalizados em Natal, apenas seis não cumpriam o critério de
razoabilidade colocado pelo órgão de fiscalização.
O coordenador
disse que Mossoró deverá ser a próxima cidade do RN a receber a visita
do Procon, que deve ocorrer, se não houver interferência no cronograma,
na próxima semana. Outras cidades do interior só deverão receber a
vistoria do Procon caso haja alguma denúncia grave de abuso, já que o
órgão não possui estrutura para viajar por todo o Estado.
Em
Mossoró, que possui em média gasolina superior a R$ 3,00, muitos donos
de postos sequer sabiam da ação do Procon. Perguntados sobre a
diminuição dos preços, pela reportagem do O Mossoroense, alguns
preferiram não comentar, e outros lembraram que muitas questões internas
encarecem a gasolina, por isso há disparidade de preços.
Ney Lopes
Júnior relembra que o valor colocado pelo Procon não é imposto, e pode
não ser aplicado caso o dono do posto comprove, apresentando planilhas
com valores, os gastos e receitas do estabelecimento, a fim de
justificar os preços e convencer a comissão de que o aumento é fruto de
justa causa.
"Hoje (ontem) à tarde já recebi um dono de posto aqui em
Natal, interessado em não ser multado, já que além da multa, estresse e
gastos com advogados também são sentidos. Ele se propôs a abrir toda a
sua planilha para nós, inclusive os dados que estão sob sigilo
comercial, para provar que não pode cobrar menos de R$ 2,90", comentou o
coordenador do Procon.
O Mossoroense
0 Comentários