Pesquisadores suecos indicam que noites mal dormidas levam ao aumento de duas moléculas associadas a lesões no cérebro
Um estudo de cientistas da Universidade de Uppsala, na Suécia, divulgado nesta terça-feira no periódico Sleep,
indica que uma noite de sono mal dormida pode causar danos
cerebrais. Os pesquisadores dividiram quinze homens jovens e de boa
saúde em dois grupos: metade dormiu oito horas, metade menos tempo.
Entre aqueles que não descansaram o mínimo recomendado, foi constatado
um aumento de cerca de 20% de duas moléculas presentes no cérebro, a
enolase neurônio-específica e a proteína S-100B. O número
dessas moléculas aumentam no sangue sempre que ocorrem lesões
cerebrais.
"A falta de sono pode promover processos de neurodegeneração,
enquanto uma boa noite de sono poder ter uma grande importância para a
manutenção da saúde do cérebro", afirmou Christian Benedict, autor da
pesquisa.
O estudo segue a linha de outra pesquisa publicada recentemente na revista Science,
feita por especialistas da Universidade de Rochester, nos Estados
Unidos. Os pesquisadores da instituição concluíram que o sono acelera a
limpeza de toxinas do cérebro, entre elas a beta-amilóide que,
cumulativamente, provoca Mal de Alzheimer.
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