P.O.R massas
O saldo da repressão ao movimento de protesto contra os bilhões desperdiçados pela Copa do Mundo e em defesa da vida dos pobres e oprimidos foi de uma centena de presos, de espancados e de um jovem baleado. Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, de 22 anos, caiu fulminado por uma bala no tórax e outra nos testículos. Segundo a versão dos policiais, Fabrício se negou deixar revistar e empunhou um estilete. Está aí a mais descarada mentira. O manifestante foi cercado por três PMs armados. Não havia possibilidade alguma de Fabricio resistir. É com essas falsificações que a polícia e o governador Geraldo Alckmin procuram enganar a população com a propaganda de que se está tratando de malfeitores.
O saldo da repressão ao movimento de protesto contra os bilhões desperdiçados pela Copa do Mundo e em defesa da vida dos pobres e oprimidos foi de uma centena de presos, de espancados e de um jovem baleado. Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, de 22 anos, caiu fulminado por uma bala no tórax e outra nos testículos. Segundo a versão dos policiais, Fabrício se negou deixar revistar e empunhou um estilete. Está aí a mais descarada mentira. O manifestante foi cercado por três PMs armados. Não havia possibilidade alguma de Fabricio resistir. É com essas falsificações que a polícia e o governador Geraldo Alckmin procuram enganar a população com a propaganda de que se está tratando de malfeitores.
A polícia que atira
em um manifestante a queima roupa é a mesma polícia sanguinária que promove
chacinas nos bairros pobres e que discrimina a população negra. Acontecimento
como esse mostra como a ditadura de classe da burguesia é exercida por um
Estado policial. A democracia, a cidadania e os tais dos direitos humanos não
passam de suas máscaras. Enquanto a classe operária, os demais explorados e a
juventude oprimida não criarem suas organizações de luta de massa – entre elas,
um Tribunal Popular – e se unificarem sob o programa revolucionário, a burguesia
e seus governos continuarão a sustentar o capitalismo putrefato por meio da
violência policial e judicial.
A juventude que tem
se colocado à frente das lutas, como se verificou na jornada de junho do ano
passado, carece de reivindicações claras e objetivos políticos precisos. A
explosividade dos black blocs se dá a margem das reivindicações, de objetivos
políticos e da coesão coletiva do movimento. Nenhuma repressão deve ser
justificada pelo fato dessa fração minoritária da juventude agir por conta própria
no seio das manifestações.
Não há um dia
sequer que os explorados não estejam nas ruas protestando contra a situação de
miséria, contra os assassinatos promovidos pelos policiais, contra as
discriminações raciais e sexuais e contra as demissões. O movimento popular
ganhou projeção, porque está quase que diariamente bloqueando avenidas e
exigindo do governo as moradias populares. As chacinas de policiais nos bairros
pobres têm sido respondidas com protestos e queima de ônibus. Os operários da
GM de São José dos Campos arcam com mais 687 demissões. Por todo o País, os
problemas são os mesmos.
A jornada de junho
do ano passado trouxe como lição o método da ação direta: ocupações, bloqueios,
manifestações coletivas. Os governantes e os capitalistas só ouvem os
explorados quando estes estão em greve e em luta direta por suas
reivindicações. Isso vem sendo assimilado pela população pobre. Eis a lição:
para arrancar as reivindicações, é preciso enfrentar diretamente o capital e
seus representantes no Estado.
Os atos que estão
sendo organizados para protestar contra os exorbitantes gastos com a Copa do
Mundo não devem se restringir à denúncia da política do governo. Não devem
estar subordinados às disputas eleitorais. Para serem de massa e
classistas, há que levantar as bandeiras que unificam os explorados: salário,
emprego e direitos. Há que partir das reivindicações vitais para que possam
ganhar a dimensão de uma luta política contra o governo e a classe capitalista.
Caso contrário, resultarão em protestos isolados e desvinculados das reais
necessidades das massas empobrecidas.
Nesse momento,
saltam à vista o salário mínimo de fome, reajustado em R$46,00; as demissões no
setor fabril; os baixos salários; a elevação do custo de vida, particularmente
dos produtos de primeira necessidade; os assassinatos de jovens pobres e quase
sempre de negros; a precariedade da saúde e da educação públicas. A defesa do
salário mínimo vital, calculado pela classe operária organizada; o emprego a
todos por meio da escala móvel das horas de trabalho (divisão das horas
nacionais entre todos) para que não haja nenhum pai/mãe de família e jovem
desempregados; a saúde e educação inteiramente gratuitas, o desmantelamento do
aparato policial e constituição das milícias populares armadas são
reivindicações que unificam os trabalhadores e a juventude. Permitem, assim,
sair do campo das denúncias dos gastos governamentais com a Copa e potenciar a
luta em defesa das condições de vida da maioria explorada.
A tendência é de
agravamento da crise econômica. O governo e os capitalistas responderão com
ataques mais profundos aos empregos e aos salários. A classe operária, os
camponeses pobres e demais oprimidos terão de enfrentá-los por meio da aliança
das classes oprimidas, sob a direção do proletariado. Porém, têm pela frente as
direções sindicais organicamente vinculadas ao governo, que farão de tudo para
amortecer o choque de classe, principalmente nesse ano de Copa do Mundo e de
eleições presidenciais. O que coloca para os explorados a tarefa de
independizar os sindicatos diante do Estado e dos partidos patronais e de
defender da democracia operária. Por outro lado, cabe à juventude – boa parte
sem trabalho e fora das escolas – se unir à luta dos trabalhadores contra esse
sistema econômico, raiz da exploração e opressão social.
Não deixemos que a
crise econômica arranque nossos empregos, arroche nossos salários e destrua
nossas poucas conquistas sociais. Lutemos nas ruas por um plano nacional de
defesa da vida dos explorados.
·
Exigimos a
punição imediata dos policiais repressores. E responsabilizamos o governo do
estado de São Paulo e seu partido PSDB pelo atentado à vida de Fabrício.
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Pela
constituição de um Tribunal Popular para apurar os crimes da PM e responsabilizar
o Estado!
·
Pelo
desmantelamento da policia militar!
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Pela
constituição de uma milícia popular, sob o controle operário!Total liberdade de
expressão e manifestação dos explorados e da juventude!
Abaixo publicamos o Manifesto do POR
distribuído nessa manifestação do dia 25 de janeiro.
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As demissões
voltaram a ameaçar os explorados
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O reajuste
salarial foi corroído pela inflação
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Os sem-teto
enfrentam os despejos e exigem moradia
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A juventude
oprimida vem sendo criminalizada
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Os
camponeses sem terra esperam nas lonas pelos assentamentos
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Os milhões
de trabalhadores e aposentados não suportam a miséria do salário mínimo
Fonte: P.O.R massas
(Partido dos Operários Revolucionários)
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