Por: Iram de Oliveira
Na bem da verdade Mossoró-RN
cresceu vertiginosamente nas duas décadas e meia é notório o boom econômico em
setores tipo industrial, construção civil, na área estrutural etc. vejamos que alguns
políticos da região pertencente a famílias
tradicionais do lugar se beneficiário desse desenvolvimento em detrimento de
seus méritos sabedoria administrativa e tal em prol da cidade.
Quase todos nós sabemos que a
economia é independente (descolada) do estado, o termo Neoliberal pode
pesquisar, foi criado para esse fim, menor ou quase nada em algumas
circunstâncias interferência do estado na economia, o estado servindo apenas
como regulador nos países mais fortes (ricos) o G7 mais a Rússia G8 economicamente
falando; já os emergentes entre eles o Brasil essa interferência chega a ser a
mínima possível. Em cidades de porte mediana
como Mossoró-RN, nesse caso é totalmente dependente das grandes empresas que deitam e rolam faz o que querem ou seja ditam
as normas ex: da Porcelanatti etc. que já
arrancou milhares de reais do erário publico municipal e ainda funciona de forma precária.
Onde estamos querendo chegar? Enfim.
Na realidade a economia em nossa cidade cresceu não foi por mérito exclusivo
dos nossos políticos, Rosalba Ciarline e Fafá Rosado, participaram
evidentemente de um momento de glória, mais poderia ser qualquer um que
estivesse no cargo ocupando digo herdado por seus antecessores e familiares de
outrora. No que toca administrativamente a PMM seria a nível estrutural no
interior urbano.
Pavimentação
Os bairros periféricos naquela
instante eram quase todos no barro batido assim, a Prefeita de então calçou
vielas, ruas e avenidas por toda cidade de fato ganhou por inteiro a simpatia
dessa parcela carente que até hoje é exaltada por onde chegar, e isso resume em
votos muitos votos no período eleitoral não restam dúvidas, uma marca
registrada.
Industrialização nos grandes centros
urbanos
O Brasil iniciou a sua
industrialização de forma tímida bem antes de 1930, a rigor nesse período a
diante no Governo de Getúlio Vargas, em 1950 na volta de Getúlio ao poder foi
marcado pela centralização ainda mais da economia no eixo Rio de Janeiro, São
Paulo e Belo Horizonte, ficando ou continuando o restante do país principalmente
a região Nordeste basicamente ruralista. Compreenda que tudo isso acontecia
porque o governo sofria ou era pressionado
pelos detentores do poder econômico da época, os governantes até hoje costumam
atender ás suas reivindicações, já que geralmente saem de suas bases (empresariais,
politiqueiros formados apoiados por eles mesmos). O governo gastaria menos,
pelo menos era a sua maneira de pensar, concentrando investimentos em
determinada região em vez de espalhá-los pelo território nacional, sobretudo no
início do processo de industrialização, quando os recursos eram mais escassos.
Essa concentração das atividades
econômicas perdurou até a década de 1970 e início da seguinte, quando começaram
a serem inauguradas as primeiras usinas hidrelétricas nas regiões Norte e
Nordeste – Tucuruí, no Rio Tocantins, ; Sobradinho e Paulo Afonso no Rio São
Francisco etc. quando o governo começou a atender ao menos parte das
necessidades de infraestrutura das regiões historicamente marginalizadas,
começou a haver um processo de dispersão do parque industrial pelo território,
não apenas em escala nacional, mas regional.
Além da alocação de infraestrutura,
ao longo da década de 1990, as indústrias passaram a se dispersar em busca de
mão-de-obra barata e politicamente desorganizada, provocando a intensificação
da guerra fiscal entre estados e municípios que reduzem impostos e oferecem
outras vantagens, como doação de terrenos, para atrair empresas.
Como uma tendência mundial em
regiões saturadas isso acontece também na indústria americana - Detroit,
Michigan, Orion, Ontário que perde indústria para o México e para países da África
e Ásia: no Japão, nos países Europeus etc. no Brasil, que tem a economia
totalmente dependente nas multinacionais não podia ser diferente. Sendo que as grandes
empresas então num processo de retirada, saem em busca de refúgio em áreas
atraentes saindo de fato da região Sudeste que se encontra inchada, ex:
impostos caros, trânsito caótico, metro quadrado de terreno absurdamente caros,
sindicatos organizados, altos salários
dos trabalhadores etc. Isso provocou o crescimento
econômico de regiões até então atrasadas como o Nordeste Brasileiro. Nesse ínterim,
Mossoró recebeu benefícios porque houve descentralização econômica das cidades grandes para as de porte
média e mediana assim, Fortaleza, Recife, Natal, João Pessoa, Campina Grande, Vitória
da Conquista etc. esses lugares teve crescimento jamais presenciado em outras
épocas.
Além do mais, Mossoró se encontra
inserida numa área privilegiada, de sedimentos rica em minerais que acumula o
Petróleo e gás no subsolo, lençóis de água, temos o calcário matéria prima para
o cimento, o Sal, vento em abundância que pode ser aproveitado para energia
alternativa (eólica) etc. região de atração.
Reitero que nossos políticos locais
são aproveitadores da onda econômica que o mundo e o Brasil têm passado nas
últimas décadas, se por ventura o modelo econômico ruir como as dificuldades
surge no momento também a oligarquia sucumbe, de maneira já houve dias melhores,
as dificuldades e incertezas políticas da cidade que temos enfrentado juridicamente
diz exatamente o quanto “somos enganados”
por esses delinquentes políticos profissionais e poderosos da região,
infelizmente.
Por: Iram de Oliveira, Geógrafo e
dirigente sindical
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