Antes que me condenem por maus modos eu já aviso: não retiro o que
disse! Se alguém se chocou com o título eu já respondo que deveria estar
chocado é com o que o Brasil se tornou. Este país é sim um grande cocô.
Pelo menos é assim que nossa dita elite vem tratando o Brasil. O pior é
que cocô aduba e assim estes políticos que aí estão passam a ter a
imaginação ainda mais fértil para roubar e ser sem-vergonhas. Eu mesma
fiquei estarrecida com a cara da pau da governadora Roseana Sarney ao
afirmar que todos os problemas de segurança pelos quais o Maranhão está
passando são oriundos da imensa riqueza que está sendo implantada no
estado. Só pode ter sido adubada! E pelo pai! Por: Norma Pedregal
Há poucos dias, corroborando minha opinião, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), estabeleceu que a partir de agora, promotores e
procuradores terão de pedir autorização à Justiça Eleitoral para abrir
investigação de suspeita sobre crimes eleitorais, ou seja, acorrentaram o
Ministério Público, que não mais poderá instaurar inquéritos para
apurar suspeita de caixa dois em campanhas eleitorais, compra de votos,
abuso de poder econômico, difamação e várias outras práticas, sem antes
ter a permissão do TSE. É bom frisar que o relator de tal nova norma é o
ministro Dias Toffoli. E assim, elimina-se as poucas chances que temos
de ter um mínimo de justiça no processo eleitoral brasileiro, que se já
não bastasse ser um cocô nas regras eleitorais, onde nem sempre os mais
votados são eleitos e todos os acordos valem, também é um cocô quanto à
segurança nas apurações das urnas eletrônicas, pois só os mais vis
consideram a eleição eletrônica brasileira segura e inviolável.
Cansei de ouvir que somos uma democracia que ainda engatinha. Vi o
bolo do Delfin Netto crescer e não ser fatiado, e agora vejo a onda dos
rolézinhos em shopping-centers por aí e penso: “vieram comer o pedaço deles no bolo!”.
Vendo inclusive as notícias e as reproduções das mensagens desses
jovens combinando os rolézinhos, vemos que eles vão muito mais aos
shoppings do que às escolas, já que mal sabem escrever, ou então estão
escrevendo num dialeto todo próprio, que eu, pela minha senilidade, não
mais consigo acompanhar.
Também vi outro dia que foi criada uma tropa especial de repressão
visando às possíveis manifestações que ocorrerão por ocasião da Copa do
Mundo. Se este não fosse um país cocô, todo o governo federal já teria
caído no dia 21 de junho do ano passado, após termos tido mais de um
milhão e meio de pessoas se manifestando só na cidade do Rio de Janeiro e
mais de cento e vinte outras cidades com manifestações simultâneas em
todo o país, com milhares de pessoas nas ruas, certamente, no total,
tendo mais de três milhões de brasileiros, simultaneamente, dizendo que
não somos giárdias ou lombrigas para vivermos no cocô. O governo pensava
e pensa diferente. Tanto que gente para dar educação, saneamento
básico, segurança e ensino não é providenciado, mas para dar porrada, é!
Repito o que disse, num país que não fosse um cocô este governo não
mais estaria aí. Num país que não fosse um cocô, o governo federal já
teria feito uma intervenção no Maranhão e não teria medo do Sarney. Num
país que não fosse um cocô, o Mensalão do PSDB não teria sido abafado, o
Sérgio Cabral, no mínimo, não seria mais governador, e eu não estaria
quase enfartando de desgosto por este cocô onde sempre construí minha
vida.
Penso que é impossível ainda termos algum tipo de esperança nesta
terra esquecida por Deus e o Diabo, que fugiram do “sol patropi” e
parecem estar curtindo outras praias. Quem sabe não estão bronzeando as
contas de “merdânicos” políticos brasileiros nas Ilhas Caimãs?
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