Brasil, um país que foi programado para o fracasso

Por: Francisco Vieira
Como pode o país, com uma das maiores reservas minerais do planeta, manter por quatro anos o projeto do Novo Marco Regulatório da Mineração trancado em uma gaveta e, quando o documento é liberado, percebe-se que não passou de uma oficialização da “reserva de mercado” para as grandes empresas do setor, feita entre quatro paredes? E o pior: a gaveta onde permaneceu trancado era a do ministro de Minas e Energia!

Como pode esse mesmo ministro (Edson Lobão, na foto acima), na hora de elaborar o dito Marco, com um emprego que, supostamente, visa defender o interesse dos brasileiros, desconsiderar a pequena empresa de mineração e seus milhares de trabalhadores, espalhados pelos mais inóspitos lugares do país? Não deveria ter feito justamente o contrário?


Como pode um país carente de recursos para áreas essenciais esperar, desde 1988, a regulamentação da exploração mineral em terras indígenas, jogando na ilegalidade aqueles que se arriscam a fazê-lo e, consequentemente, obrigando-os a vender os resultados do trabalho para os contrabandistas internacionais, provavelmente conluiados com os políticos locais?

Como pode um licenciamento ambiental esperar, adormecido, mais de cinco anos, em alguma gaveta do magistrado Ibama, enquanto milhares de trabalhadores estão desempregados pelo país afora?

Como pode um país que tem boa parte do povo miserável e um dos subsolos mais riquíssimos do mundo, deixar de investir no setor mineral e abrir mão de bilhões de dólares no recolhimento de impostos, desdenhando de dinheiro como como se todos morássemos da Dinamarca?

Um país assim não tem como dar certo mesmo. É normal – e esperado – que fracasse como nação.

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