Paixão política cega o eleitor



     Sempre tive vontade de escrever algo assim mais Túlio Lemos jornalista e blogueiro dos bons fez primeiro e Eu claro assino embaixo. A campanha eleitoral ainda não provocou nada que pudesse tirar o eleitor da indiferença e envolvê-lo na disputa. Porém, como ocorre em todos os pleitos, o eleitor, aos poucos, vai se envolver contra ou favor de algum candidato.

 A questão não é o envolvimento, mas a forma como isso ocorre. Muitas vezes, o que vemos é uma paixão cega, inconseqüente, em que o eleitor toma partido por seu candidato e passa a defender esse nome de uma maneira até violenta, criando inimizades e provocando quem pensa diferente.

O eleitor precisa entender que o exercício da cidadania, produzido pela democracia, estabelece limites; o principal é o respeito ao contraditório. Afinal, quem pensa diferente de você, não precisa ser seu inimigo, não pode ser um alvo a ser abatido. É possível discutir e debater de forma respeitosa, sem descambar para a briga estéril e sem futuro.

Para manter o respeito ao pensamento alheio, o eleitor não precisa ser covarde ou omisso. Tem todo o direito de escolher seus candidatos e defendê-los publicamente. O que não precisa é desrespeitar ninguém para fortalecer sua posição.

Para que o comportamento do eleitor seja dessa forma, sem idiotice ou exageros, basta que ele veja os palanques que estão formados nesta eleição. Os que ontem se acusavam, hoje se elogiam sem qualquer pudor; basta um discurso com argumento fajuto para justificar a mudança de posição. Eles não demonstram qualquer preocupação com o que o eleitor pensava ou pensa, se brigou ou se foi ofendido. As conveniências pessoais falam mais alto.

Para finalizar, antes de ser idiota e sair por aí brigando pelos políticos, saiba que eles não estão nem um pouco preocupados com as brigas dos eleitores. Depois da eleição, você que arranjou inimizades por conta de discussão política, vai ter que assistir uma rearrumação do quadro e novamente novos discursos. Os que hoje criticam, passarão a elogiar; os que elogiam, passarão a criticar.

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