Pensando sobre mim mesmo

Pretendia  hoje contar a minha história de vida, amanheci com essa vontade de dentro de minha pessoa, pois foi, mais pensei um pouco e cheguei a seguinte conclusão, quem vai querer saber da história de um Zé ninguém feito EU?  O escriba, enfim.

Bom, mesmo assim vamos dar uma pincelada no caso apenas, para que não fique enfadonho pretendo ser breve, já que não temos muitas novidades, aliás, é como a da maioria dos Nordestinos, então; estive na miséria quando criança numa cidadezinha do interior do RN, passei fome que o coro da barriga era “pregado” nas costelas o meu irmão mais novo “coitado” já tinha bucho grande de comer barro da parede ou miséria “arretada”,  a morada era na casinha de taipa de barro batido nem piso de cimento tinha etc. É, a vida era difícil, mais a final das contas éramos felizes pois não é que pela a nossa “inocência”  não sabíamos naquele tempo o significado de pobreza e riqueza, a meninada se divertia com jogo de bola na rua; tô nem ai, queria nem saber, pobreza!!! Que é isso? Agora já sabemos.

Pois bem, em Fevereiro de 1977 tivemos a sorte de vir morar em Mossoró, cidade das “oportunidades” assim, chegamos eu e familiares sem nada, de fato a geladeira era um pote de barro, 1 mesa velha surrada, 1 cristaleira, redes para deitar e dormir ou seja um pouco de nada, agora,  continuamos com quase nada, mais no entanto melhoramos sim, ora se não, a realidade é bem outra se comparando com os tempos de sofrimento, pois é, no entanto tivemos a oportunidade de estudar e hoje temos trabalho para sobreviver, moradia adquirida com os nossos próprios recursos...

Para finalizar, pedimos a Deus  por saúde, vida e força de vontade para continuarmos na face da terra ainda por muitos e muitos anos com dignidade, perseverança e sabedoria com o objetivo pleno em poder criar os nossos filhos até o dia que o grande pai do universo desejar e ele há de querer sim, é isso.

Por: Iram de Oliveira, Geógrafo     

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