Por: Iram de Oliveira - Lambedusa situa-se no mar mediterrâneo e está ficada entre o
continente Africano e a Itália sendo que,
a ilha pertence a Itália tendo cerca de 5 mil habitantes e ultimamente é
frequentemente local de desembarque de imigrantes clandestinos vindos do norte
de África[1] .
Todos os meses, centenas de imigrantes desembarcam na ilha italiana que, de
paraíso turístico, passou a ser foco de passou a ser foco de crise humanitária.
Então... Agora Lambedusa pode se dizer que, virou a ilha da
esperança ou do desespero para muitas pessoas, é; da esperança para parte dos
imigrantes pobres, famintos que conseguem alcançar depois de viajar dia e noite
em barcos lotados de gente para a ilha que são cerca de 150 pessoas por ano em
busca de vida nova, trabalho decente, ganhar dinheiro, fartura, “sonhar é preciso”
diz um dos imigrantes.
Pois bem, muitos dos pobres “coitados” Africanos morrem na
travessia, nos naufrágios que ocorre constantemente dos barcos sem condições de
navegar no mar do mediterrâneo. Sendo que, parte dos sobreviventes depois de
detidos em vilarejos por um período, são repatriados de volta ao país de origem,
uma minoria mínima que não sabemos quais são os critérios de escolha recebem
visto para morar nos ricos países da Europa.
Aconteceu em Lambedusa
Nos últimos dias, tem sido amplamente divulgada a imagem dos
corpos abraçados de um casal no fundo do mar que morreu no dia 15 de maio, em
um naufrágio de barco de imigrantes que tentavam chegar à Europa. Em mais este
caso, o sonho de uma vida inteira foi espalhado pela água gelada do largo da
ilha de Lampedusa, na Itália, quando dezessete pessoas morreram e outras 200
seguiam desaparecidas até o dia 17. A mesma fatalidade foi vivida naquela
região. Muitas outras embarcações hão de passar pelo local levando imigrantes
com sonhos, alguns devem ficar pelo meio do caminho.
...Em meio a esses pensamentos sobre o fim
trágico de um amor e ao mesmo tempo de até que ponto se vai por esse mesmo
amor, algo me fortaleceu –– e me lembrou dessa fortaleza interna. A fragilidade
do sentimento que me desmontaria por completo no caso de uma perda dessa
magnitude, me colocou de pé para viver muito esse sentimento que embala desde a
poesia e o romance às canções de ninar cantadas por mães amorosas.
Afinal, o “que importa é quem você tem na vida”, lembrei-me desse trecho
imortalizado em palavras atribuídas a Willian Shakespeare no conhecido “O
Menestrel”. E foram esses versos, conhecidos ainda na adolescência, a que
fui remetido quando pautada a escrever sobre este tema.
O casal abraçado de 15 de maio e tantos outros
casos semelhantes de perdas na vida, trouxeram à tona em mim o que lá atrás
prometi a mim mesma adotar como lema de vida, mas que andava esquecido em
meu porão interno:
“Depois de algum tempo […] se descobre que
devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última
vez que as vejamos”. (trecho de: Ketllyn Fernandes)
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