Cuidado com as palavras

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Contam que quando o Titanic estava saindo para a sua primeira viagem, o capitão do navio disse a seguinte frase: ‘Nem Deus afunda este navio!’. Bem, sabemos que Deus não castigaria todos os passageiros apenas pela declaração irresponsável do comandante, mas, talvez, sua alma não tenha se salvado.
Outro fato parecido aconteceu em setembro na cidade de Londrina. Uma jovem de 19 anos, que começou a usar drogas, aguardava os amigos em casa para mais uma noitada. Os rapazes passaram para buscá-la com o som do carro muito alto e bebendo bastante.
A mãe da moça, desesperada, disse a eles antes de saírem: ‘Deus acompanhe vocês’. Gargalhando, a jovem pôs a cabeça para fora do veículo e gritou: ‘Só se for no porta-malas, porque aqui dentro está lotado!’. E não demorou muito para o motorista do carro perder o controle e bater num poste, matando os cinco passageiros.
Os bombeiros acharam drogas com os ocupantes do automóvel, mas ficaram surpresos com o estado do porta-malas – estava intacto! Lá, havia uma bandeja com 34 ovos e nenhum deles se quebrou, apesar do carro todo destruído! Impressionante, não? É claro que cada um tem o direito de concluir o que quiser, mas são fatos como este que também ajudam muita gente a tomar mais cuidado com o que diz.
Um simples ‘sim’ ou ‘não’ pode mudar completamente o rumo de nossas vidas, não é mesmo? Hoje, quase todos meus ‘sim’ de antigamente se tornaram ‘não’, e vice-versa. Procuro deixar Jesus responder por mim e, assim, fica mais fácil tomar decisões acertadas a cada dia. E também não é difícil saber a vontade de Deus em cada situação, pois sua Palavra nos orienta naquilo que é certo e que é errado; portanto, é só colocar em prática os ensinamentos dos Evangelhos!
Por exemplo, uma senhora entrou apressada numa lanchonete e, enquanto comia uma porção de fritas, resolveu passar um e-mail urgente ao patrão através do laptop. Foi quando uma voz soou por trás:
– Tia, dá um trocado?
– Não tenho, menino.
– Só uma moedinha para comprar pão!
– Está bem, compro um pra você.
– Tia, pede pra colocarem manteiga também?
– Tá certo, mas depois me deixa trabalhar. Estou ocupadíssima!
O garçom trouxe o pedido e perguntou a ela se queria que pusesse o garoto para fora. Lembrando-se da homilia do padre no dia anterior, a senhora respondeu que o deixasse ficar. E, enquanto comia, o menino perguntou:
– Tia, você tem internet?
– Sim, tenho. É essencial no mundo de hoje.
– O que é a internet que todos falam?
– É um mundo virtual onde podemos ver e ouvir muitas coisas que acontecem por toda parte.
– E o que é virtual?
– É um local que imaginamos mas não podemos pegar. Criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer e até sonhamos!
– Ah, entendi! Eu vivo nesse mundo virtual.
– Você tem computador?
– Não, mas meu mundo é desse jeito. Minha mãe trabalha, passa o dia todo fora e eu fico imaginando ela passeando com a gente. Quando meu irmão pequeno chora de fome, dou água com açúcar pra ele e digo que é sopa. Meu pai está preso, mas sempre sonho que um dia vai voltar com brinquedos pra mim. Isso tudo é virtual, não é?
A ‘tia’ fechou o computador e, emocionada, pediu um sanduíche reforçado para o garoto levar ao irmão. Então, ela partiu para o seu mundo real e ele continuou vivendo no virtual – mas castigado pela sociedade atual.
Se cada um de nós fizesse um pouco do que aquela senhora fez, não existiria tanta gente passando fome pelas ruas. Talvez devêssemos também evangelizar mais a respeito do céu e do inferno. Se todos tivessem certeza que eles existem e que a nossa alma é eterna, muitos iriam querer salvá-la. Já pensou ficar sofrendo para sempre e sem a mínima possibilidade de sair do inferno? Deus me livre!
E como o meu maior desejo na vida é ver Nossa Senhora de perto e ela não aparece pra mim, vou continuar me esforçando para estar à sua frente no Céu. E este desejo é tamanho que não quero perder tempo no purgatório; então, neste final de semana irei trabalhar no Cursilho de Bom Repouso e ajudar mais irmãos receberem graças de Deus. Nada mais justo fazer a minha parte na construção do Reino, já que Jesus me dá graças de graça.
Fonte: “PAZ”

*Paulo Roberto Labegalini é escritor católico, professor doutor da Universidade Federal de Itajubá-MG. Pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da UNIFEI.

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