Saúde mental

Resultado de imagem para gente feliz fotosVocê é feliz com a vida que leva? Eu sei, o assunto pode gerar certo desconforto, mas precisamos falar sobre isso. Você não gosta muito de desperdiçar o seu dinheiro com coisas que não lhe agradam, pois sabe que ele é valioso e pode se esgotar, certo? Já se perguntou então por que faz isso com o seu tempo? Ele é tão valioso quanto! A questão é que não costumamos compreender o quanto nosso tempo é precioso. Se fôssemos capazes de entender o valor de nossos dias e horas tão bem quanto entendemos a importância de nosso dinheiro, poderíamos utilizá-lo com muito mais sabedoria e em prol da nossa felicidade.
Veja bem, isso não quer dizer que nós precisamos ter pressa em viver tudo de uma vez pelo fato de nosso tempo ser curto, pelo contrário. A vida não é uma disputa para ver quem chega na frente – aliás, é justamente essa disputa que nos faz perder tempo tentando provar coisas demais aos outros e investindo pouco em nossa qualidade de vida.
Qualidade de vida e saúde mental estão relacionadas com uma série de fatores, dentre eles, a satisfação consigo mesmo. A autocobrança exagerada que estamos acostumados a criar em busca da realização de projetos de sucesso muitas vezes afeta diretamente nossa saúde mental e o efeito é totalmente o inverso do que se esperava: ao invés de nos sentirmos melhores e bem sucedidos a cada conquista, nos cobramos mais e mais pela perfeição, queremos sempre mais (que os outros), nos comparamos àqueles que já estão onde ainda não chegamos e nos sentimos frustrados. Isso faz com que fiquemos presos em um ciclo angustiante de insatisfação com a própria vida.
O quanto você tem se empenhado para ser feliz com a vida que tem hoje e não apenas com aquilo que poderá conquistar no futuro?
A vida que você leva hoje te faz realmente feliz? Será que passar seus dias se lamentando por não ter a vida que gostaria não é um custo elevado demais? Tudo isso debita negativamente pouco a pouco da nossa saúde, do nosso bem estar psicológico.
Sei que não é fácil para muitas realidades chutar o balde e largar tudo em busca de uma vida mais feliz, mas é importante ao menos começar a pensar em formas de viabilizar isso. Traçar metas realistas e não ser exigente demais consigo mesmo, aproveitar mais os bons relacionamentos, sentir prazer em estar onde você está.
Por exemplo: Se a mudança necessária está relacionada em fazer aquilo que realmente gosta, inicialmente esse projeto pode começar como um hobby, com planos que tragam motivação no dia a dia desde já.
Saúde mental tem muito a ver com prevenção e a gente se previne quando prioriza no cotidiano práticas positivas, que gerem maior qualidade de vida, que nos ajudem a melhorar nossa autoestima, a gostar de nós mesmos.
Se você não puder fazer isso sozinho, busque ajuda! É preciso investir mais em sua felicidade! E não dá pra deixar para depois. Quem desperdiça seus dias, ainda não compreendeu o valor e a finitude da vida.
*Ane Caroline Janiro é psicóloga clínica, idealizadora e editora do blog Psicologia Acessível.

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