Solidão

Resultado de imagem para solidão fotosApesar da super população, esta é a civilização da solidão!

Problemas não nos faltam, posto que quase todos gerados por nós mesmos, para nos preocupar e desesperar.
Vivemos num planeta superpovoado, com mais de sete bilhões de habitantes e recebendo novos tripulantes – à razão de três novos bebês nascidos por segundo, em média – nessa relativamente acanhada espaçonave cósmica que singra o vazio infinito. Só isso já explica a indagação aflita de André Malraux: “Que noção do homem a civilização da solidão, aquela que separa de todas as outras a posse dos gestos humanos, saberá tirar da sua angústia?”. Sim, qual? Só há um jeito de conquistar a grandeza (do espírito e do intelecto): sendo grande!. É empenhando toda nossa inteligência e talento no permanente, no durável, no infinito e no transcendente.
A escritora francesa Freya Madeleine Stark assinalou que “o amor do estudo é um elo agradável e universal, pois trata do que a gente é e não do que a gente tem”.
Afinal, nossa efemeridade impede que, de fato, “tenhamos” o que quer que seja. Temos, quando muito, posse transitória sobre objetos que nomeamos, arrogantemente, como sendo “nossos”, até que a morte nos colha, sorrateiramente e sem aviso, em qualquer instante e lugar.
*Pedro J. Bondaczuk é jornalista e escritor, autor dos livros “Por uma nova utopia”“Cronos e Narciso” e “O país da luz”.

E-mail: pedrojbk@bestway.com.br

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