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Resultado de imagem para leao da receita fotosContribuintes brasileiros têm razão de estar indignados

REPORTANDO A INDIGNAÇÃO DOS CONTRIBUINTES BRASILEIROS
Os contribuintes de direito de todos os investimentos efetuados pelo Governo do Brasil estão indignados.
Estudo realizado pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (SINDIFISCO) e divulgado há poucos dias mostrou que, se a tabela do Imposto de Renda tivesse sido corrigida pela inflação acumulada nesse período de mais de duas décadas, a faixa de isenção seria de R$ 3.460,50, e não de R$ 1.903,98, valor atual.
O levantamento levou em consideração a estimativa do relatório FOCUS, pesquisa no mercado financeiro sobre indicadores econômicos, para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2016, de 6,36%. Pelas contas do SINDIFISCO, o ano passado registrou a maior defasagem anual dos últimos doze anos.
O estudo mostra que a defasagem prejudica as camadas de renda mais baixas, que deveriam estar na faixa de isenção, mas acabam tendo que pagar o Imposto de Renda por falta das correções:
… “A defasagem se torna mais grave, porque os aumentos dos rendimentos tributáveis deslocam contribuintes que estariam isentos para a primeira faixa de tributação”, diz o texto. Segundo o levantamento, quem tem um salário de R$ 4 mil é obrigado a recolher, mensalmente, R$ 223,41 em IR. Esse valor é 547,84% maior do que o que seria recolhido se as reposições inflacionárias tivessem sido feitas corretamente.
Quem ganha R$ 10 mil paga 62% a mais do que deveria. Ou seja, quanto menor o salário, maior o impacto.
 “O levantamento mostra que a tabela do Imposto de Renda foi corrigida em 109,63% desde 1996, menos da metade da inflação acumulada no período, de 283,87%. Em apenas cinco anos os reajustes da tabela superaram a inflação: em 2002, quando a correção foi de 17,5% contra uma inflação de 12,5%; em 2005, que teve um ajuste médio de 10% nas faixas da tabela comparado a um IPCA de 5,69%; em 2006, com correção de 8% e inflação de 3,14%; e nos anos de 2007 e 2009, ambos com reajustes de 4,5% contra inflação de 4,36% e 4,31%, respectivamente…”
… “A cada ano, o contribuinte está pagando mais Imposto de Renda porque as correções não recompõem as perdas de duas décadas. Ao não corrigir integralmente a tabela do IR, o governo se apropria da diferença entre o índice de correção e o de inflação, reduzindo a renda disponível de todos os contribuintes. A correção da tabela do IR pelo índice integral da inflação evitaria uma distorção comum na política tributária brasileira dos últimos 20 anos: o pagamento de mais imposto de renda, mesmo por aqueles que não tenham auferido ganhos reais (de salário)”…, diz o texto.
Mas o que é isso? perguntam os contribuintes brasileiros de fato e de direito.
Os contribuintes brasileiros de fato e de direito não aceitam de modo algum, pagar cada vez mais Imposto de Renda – porque não estão vendo a contra-prestação.
Tudo o que lêem e escutam diariamente na mídia não justifica o aumento de tributo algum. Os tributos – impostos, taxas e contribuições cobrados – não estão tendo o retorno esperado.
Os contribuintes brasileiros estão pagando muito, mas, não estão vendo o desenvolvimento de áreas prioritárias, no país onde residem.
Tem sido inúmeros os escandalosos desvios de dinheiro público brasileiro noticiados pela mídia nacional e internacional.
A população brasileira, atenta e perceptiva, quer ver todo esse dinheirama recuperado pela Polícia Federal – nos recentes diversificados casos nos quais tem tido atuação exemplar – aplicados transparentemente, em benefício dela, a contribuinte de fato e de direito de todos os investimentos.
A população brasileira tem sido a lesada, a espoliada, por judicialmente provados bandos que se apossaram e se especializaram em manipular e desviar o referido dinheirama.
A população brasileira sente muito, não quer causar transtornos ao seu atual Governo. Mas, esse dinheirama desviado e recuperado – exemplarmente pela Polícia Federal – não pode entrar na Caixa do Tesouro Nacional a fundo perdido.
Esse dinheirama tem que ter destinação utilitária transparente, assim como, também, urge corrigir a tabela do IR pelo índice integral da inflação, para evitar a distorção comum na política tributária brasileira vigente há vinte anos: o pagamento de mais imposto de renda, mesmo por aqueles que não tenham auferido ganhos reais (de salário).
A população brasileira atenta e perceptiva verifica que os poderosos – nos Poderes – não estão muito preocupados, mas, a população brasileira atenta e perceptiva está.
A população brasileira pacífica é atenta, perspicaz e não se deixa ludibriar.
Se estão tentando brincar com a inteligência e a percepção da população brasileira – melhor, não. Melhor respeitar.
O Brasil merece respeito.
*Guilhermina Coimbra é pesquisadora cadastrada do CNPq e da FAPERJ, desde 1994.

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