Acorda minha gente

Resultado de imagem para povo sofrido fotosPor Maciel Melo
Às vezes, penso que somos estrangeiros em nosso próprio país. Às vezes, penso que somos invisíveis aos olhos daqueles que não querem enxergar que o país está se esfacelando. Precisamos urgentemente atinar para uma coisa: se não nos mexermos, não vamos saber qual força está nos impedindo de seguir adiante.
Vejo se esfarelar, nas sombras das noites de Brasília, o sonho de um povo sofrido, bravo e esquecido, que só é lembrado na hora de depositar numa urna toda sua esperança, e depois ver aquele mesmo retrato – que antes estampava num panfleto um sorriso escancarado “com a boca cheia de dentes” – comercializar, em benefício próprio, o dinheiro dos nossos impostos, do nosso trabalho, do nosso suor.
A camelotagem saiu das ruas, e agora obstrui as veias do coração do Brasil. Aquele jovem cara-pintada de ontem mancha hoje a flâmula do país. Virou um deles. “E agora, José?” A carne acabou, o feijão subiu, seu candidato sumiu, e ainda lhe roubou. “E agora, José?” Não bate mais panela, fechou a janela, pra não ver nas ruas a fratura exposta de um sistema falido, sangrando e minando do esgoto apodrecido da política de nossa nação, esperando que peguemos nossa bandeira e façamos dela uma atadura para estancar a sangria.
Acorda, minha gente. A corda já está no pescoço, mas ainda há tempo de desatar o nó.


Vamos acordar gente. O dia já raiou. 

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