Manifestação em Brasília

Resultado de imagem para manifestação em brasilia fotosManifestação histórica enfrenta violenta repressão; CSP-Conlutas defende Greve Geral de 48 horas
A manifestação ocorrida na semana passada em Brasília foi histórica para o movimento dos trabalhadores brasileiros. As nove Centrais Sindicais, entre elas, a CSP-Conlutas, unificaram suas pautas contra as reformas trabalhista e da Previdência e o projeto de terceirização aprovado recentemente. Após a delação premiada da JBS que envolve o presidente Michel Temer e outros políticos, essas centrais também tiveram consenso em defender o “Fora Temer” no #OcupeBrasília.
Foram 150 mil vozes pedindo a queda de Temer nas ruas da capital federal. 150 mil vozes ecoando na Esplanada dos Ministérios o “Fora Temer”.
No noticiário do dia muito se alertou sobre “o vandalismo na manifestação”. É importante reiterar que vândalos são os que desviam dinheiro público para seus próprios bolsos. Verbas que beneficiam saúde, educação, transporte e moradia da população. Vândalos são os que em troca de propina governam, legislam a serviços de grandes empresas. Vândalos são os que permitem uma sonegação da Previdência Social na casa dos 500 bilhões reais pelas mesmas grandes empresas e depois dizem que a aposentadoria pública não é insustentável no país, além disso, desviam mensalmente 30% dessas verbas para os cofres dos banqueiros, sob o pomposo nome de Desvinculação de Receitas da União (DRU).
A mídia alardeia o vandalismo no ato de Brasília. Mas queremos deixar claro, o que foi a covardia do governo estadual ao reprimir a manifestação? A Polícia Militar do Distrito Federal, comandada pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB), revistou manifestantes no trajeto da Esplanada, bloqueou a entrada da Praça dos Três Poderes, e estava disposta a reprimir a qualquer respiro dos que participavam da marcha. E Temer não gostou de ouvir 150 mil vozes gritando na Esplanada para que ele caísse. Quando a repressão já estava instalada, o presidente, não satisfeito, decretou a “Garantia de Lei e de Ordem” em todo o Distrito Federal até o dia 31 de maio. Se valendo da Lei Complementar nº 97/1999 e do artigo 84 da Constituição Federal, colocou as Forças Armadas para reprimir brutalmente a manifestação.
Ao total 1300 militares do Exército, Marinha e Aeronáutica se posicionaram na Esplanada dos Ministérios. Um aparato de bombas de gás lacrimogêneo e gás pimenta, armas letais e cavalaria contra os manifestantes.
Esses manifestantes são trabalhadores que vieram de todo os estados brasileiros para mostrar sua indignação com o governo Temer e defender seus direitos trabalhistas e previdenciários. São operários da construção civil, petroleiros, metalúrgicos, trabalhadores da educação e da saúde, químicos, servidores públicos das três esferas, trabalhadores dos Correios, têxteis, bancários, comerciários, papeleiros, metroviários, condutores, trabalhadores rurais, movimentos que lutam por moradia, por reforma agrária, pela demarcação das terras indígenas e quilombolas, juventude e os que lutam contra as opressões machista, racista e a LGTBfobia. Eram muitos os segmentos sociais que ocupavam as ruas de Brasília nesta manifestação histórica.
Uma repressão violenta e desnecessária. Inaceitável!
A CSP-Conlutas, uma das convocantes da manifestação de Brasília, se manteve por pelos menos 3 horas a mais resistindo aos ataques. A cada bomba jogada, os que estavam ali recuavam, correndo, se atropelando, procurando água, vinagre ou algo que pudesse amenizar aquela ardência desesperadora.
O que Temer e seus parceiros não contavam é que da mesma forma que os manifestantes corriam das bombas, voltavam em seguida mais determinados a resistir. A cada bomba, o “Fora Temer” voltava mais forte.
A CSP-Conlutas defenderá a imediata convocação de uma Greve Geral de 48 horas na próxima reunião das Centrais Sindicais que está para ser marcada nos próximos dias. Uma Greve Geral para barrar as reformas da Previdência e trabalhista, revogar o projeto de terceirização e derrubar o governo de Michel Temer.
Cobraremos os mortos na chacina do Pará
Assim como é inaceitável e precisa ser apurada com a punição dos responsáveis o assassinato de dez trabalhadores rurais nesta mesma quarta-feira (24) durante ação de despejo realizada por policiais militares e civis no município de Pau D’Arco, na região de Redenção, Sudeste do Pará. Cobraremos essas mortes.

CSP-Conlutas

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