Estadão Conteúdo – Em mensagem publicada em sua
rede social, o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da
força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou nesta segunda-feira, 24, que ‘o
próximo passo do PMDB’ parece ser acabar com a investigação.
Carlos Lima reagiu à entrevista do vice-presidente
da Câmara dos Deputados e substituto imediato de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o
deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), ao jornal O Estado de S. Paulo, na qual o
parlamentar defendeu um “prazo de validade” para a Lava Jato.
O procurador afirmou que “as investigações vão
continuar por todo o País”.
“Acabar com a Lava Jato. Esse parece ser o próximo
passo do PMDB. Infelizmente muitas pessoas que apoiavam a investigação só
queriam o fim do governo Dilma e não o fim da corrupção. Agora que Temer
conseguiu com liberação de verbas, cargos e perdão de dívidas ganhar apoio do
Congresso, o seu partido deseja acabar com as investigações. Mas, mesmo com
todas as articulações do governo e de seus aliados, as investigações vão continuar
por todo País”, escreveu.
Na entrevista, Fabio Ramalho afirmou que “o Brasil
não vai aguentar isso para o resto da vida”. “Ela (Lava Jato) não pode ser
indeterminada. Ela já fez o seu trabalho”, disse o deputado.
“Defendo a Lava Jato, mas tem de ter prazo de
término. O Brasil não vai aguentar isso o resto da vida. Além da corrupção, tem
de se avançar na desburocratização do País, na segurança jurídica do País, nas
reformas.”
Questionado sobre qual seria o prazo para a Lava
Jato terminar, o deputado declarou. “Determina um tempo: seis meses.”
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