Pioneiros, mas anônimos!
Como a fábula de La Fontaine, da Cigarra e da Formiga, assim são os homens. Enquanto uns trabalham, construindo templos, cidades, tumbas e monumentos, outros “cantam”, gozando as delícias do ócio e do fruto do trabalho alheio.
Enquanto uns criam, outros aproveitam e esbanjam. Qual o valor das obras, além do óbvio, utilitário, de uso imediato?
São fontes de perpetuidade da memória, ou não passam de frustradas tentativas para evitar o esquecimento após a morte? Os pioneiros da civilização, os que fizeram descobertas marcantes, práticas, que facilitaram ou até mesmo garantiram a sobrevivência humana, são absolutamente anônimos.
Quem descobriu a roda? Ou a maneira de produzir o fogo? Quem foi o inventor do primeiro alfabeto? Ou da escala musical? Ou dos números? Ou dos princípios básicos da matemática?
Estes são alguns dos fundamentos da civilização e foram criados por alguém. Mas por quem?
*Pedro J. Bondaczuk é jornalista e escritor, autor dos livros “Por uma nova utopia”, “Cronos e Narciso” e “O país da luz”.
E-mail: pedrojbk@bestway.com.br
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