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Governo do Rio Grande do Norte decretou, por mais 180 dias, a situação de
emergência por causa da seca em 153 municípios do Estado. O assunto foi tema de
pronunciamento da deputada Márcia Maia (PSDB) durante sessão plenária na
Assembleia Legislativa, que cobrou do Governo um plano
de convivência com a seca.
“Pude comprovar a grave situação de estiagem durante três dias
que viajei pela região Oeste. Os principais problemas são a seca, saúde e
segurança pública. A seca é um fenômeno natural e precisamos conviver com
ela. O Governo precisa de um plano de convivência com a estiagem, que seja
real, que contemple as diferentes realidades dos municípios, das regiões, das
diferenças geográficas de nosso Estado. Esse é o nono decreto de emergência
para a situação de estiagem que já dura quase 6 anos seguidos”, disse Márcia
Maia.
A parlamentar falou ainda que dos 47 reservatórios do Rio Grande
do Norte monitorados no primeiro semestre de 2017, 11 estão secos e 18 estão em
volume morto, levando-se a considerar a situação hídrica atual do Rio Grande do
Norte como crítica.
De acordo com o decreto, estima-se que o setor agropecuário
venha sofrendo, anualmente, uma perda de receita da ordem de mais de R$ 4
bilhões por causa da estiagem. "Mesmo diante desse cenário, os
agricultores do Rio Grande do Norte permanecem à mercê de apoio
governamental", acrescentou.
Márcia ressaltou que apenas 14 cidades do RN não estão em estado
de emergência. “Essa é uma situação de profundo colapso que afeta a economia e
a qualidade de vida das pessoas e a Operação Vertente, do Governo do Estado, é
apenas um paliativo para levar caminhões-pipa para cidades do Rio Grande do
Norte em colapso”.
A deputada apontou ainda algumas alternativas de convivência com
a seca, como a instalação de cisternas e destaca que não há planejamento do uso
dos recursos hídricos no Brasil e no Nordeste. “É fundamental avaliar as
possibilidades técnicas de se resolver as coisas. Água é um bem natural finito
e tem que ser usado com muita cautela. Por isso, o próprio Governo do
Estado pode apresentar projetos e culturas, promover processos de capacitação e
qualificação em larga escala para que os produtores possam atuar em culturas
capazes de conviver com a seca”.
ALRN
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