Aproximação, depende de afinidade

Dizer que é simplesmente uma questão de afinidade não explica tudo.
                                                 Por: Belle Cooper
Tendemos a gostar de pessoas que pensam como nós. Se concordamos com o que alguém acredita, estamos propensos a fazer amizade com essa pessoa. Faz sentido. Significa que subconscientemente começamos a ignorar ou a rejeitar qualquer coisa que ameace nossa visão de mundo, uma vez que nos cercamos de pessoas e informações que confirmam aquilo que já pensávamos.

Isso é chamado de viés de confirmação. Se você já ouviu falar da ilusão de frequência, isso é bem parecido. A ilusão de frequência acontece quando você compra um carro novo e, de repente, você vê o mesmo carro em todos os lugares. Ou quando uma mulher grávida começa a notar grávidas por toda parte. É uma experiência passiva, onde nosso cérebro busca informações relativas a nós, mas acreditamos que houve um aumento real na frequência dessas ocorrências.

Viés de confirmação é uma forma mais ativa da mesma experiência. Acontece quando proativamente buscamos informações que confirmem nossas crenças existentes. E não fazemos isso só com as informações que recebemos, mas também aproximamos nossas memórias dessa maneira.

Em um experimento de 1979, na Universidade de Minnesota, os participantes leram sobre a história de uma mulher chamada Jane, que era extrovertida em algumas situações e introvertida em outras. Quando os participantes retornaram alguns dias depois, eles foram divididos em dois grupos. A um grupo foi perguntado se Jane se encaixaria em um emprego como bibliotecária, o outro foi questionado sobre ela ter um emprego de agente imobiliária.


O grupo “bibliotecária” lembrou de Jane sendo introvertida e falou mais tarde que ela não se adequaria ao emprego de agente imobiliária. O grupo “agente imobiliária” fez o exato oposto: eles lembraram de Jane como extrovertida, disseram que ela se encaixaria no emprego de agente imobiliária e quando eles foram perguntados mais tarde se ela daria uma boa bibliotecária, falaram que não.

Desafiar nossas crenças é a única maneira de evitarmos ser pegos no viés de confirmação. Ouvir o oposto e considerar o diferente é indispensável para a vida.

Artigo publicado no site Administradores.com

Por: Belle Cooper é design de conteúdo na Buffer, escreve sobre produtividade, escrita e mídias sociais. Você pode encontrá-la também no Twitter em @bellebethcooper.

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