Nenhum governo racista, nazista, fascista ou similar sobrevive sem colaboradores de peso.
Por: Gustavo Barreto
O documento também “insta Israel a desistir de e pôr fim
imediatamente a todas as formas de colaboração militar, nuclear, de
inteligência, econômica e outros, particularmente seus contratos de
longo prazo para suprimentos militares para a África do Sul.” (original aqui)
Um ano depois, em 1988, o mesmo órgão da ONU “apela aos Governos
do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e os Estados Unidos da
América a cooperar na imposição de sanções abrangentes, obrigatórias
por parte da comunidade internacional contra a África do Sul racista
como um meio para alcançar a mudança pacífica no país.”
Israel é “instado” novamente no ano seguinte a pôr fim a suas
estreitas relações com o regime racista da África do Sul. (original aqui)
Em 1991, uma outra resolução observa “com preocupação que as
relações militares entre África do Sul e Israel, especialmente na área
de tecnologia militar e, em particular, a colaboração na produção e
testes de mísseis nucleares, continuam inabaláveis”. A resolução “insta” ainda que “o
Conselho de Segurança considere tomar medidas adequadas contra Israel
por sua violação do embargo de armas obrigatório contra a África do
Sul.” (original aqui)
Apenas no final dos anos 1980 os Estados Unidos começaram a adotar
medidas de embargo, que eram obrigatórios sob o direito internacional
desde 1977, por meio da resolução 418 do Conselho de Segurança, que só
foi revogada em 1994, quando os sul-africanos elegeram Nelson Mandela.
(original aqui)
Como o regime racista começou em 1948, precisaram uns 40 anos (no
caso de Israel, mais ainda), para “cair a ficha”. No meio disso tudo,
muitos inocentes e ativistas dos direitos humanos mortos e milhares de
violações e crimes contra a humanidade. Será que vale a pena mesmo
esperar algo daqueles que só pensam nos negócios?
E a foto? Ah, a foto é só para lembrar que ainda temos problemas
sobre o tema. Igualmente graves. E cujos aliados são, veja que
coincidência, praticamente os mesmos.
Por: Gustavo Barreto, jornalista, radialista e produtor cultural, coordena a revista Consciência.net.
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