Tentou impedir a privatização da Companhia Vale do Rio Doce, por
exemplo, em maio de 1997. Quase conseguiu. Num dos trechos da
entrevista, abaixo, quando também fala sobre o leilão de Libra, conta
que na ação que ajudou a mover contra a venda da mineradora ganhou em
primeira instância. Mas a causa foi transferida para o Rio de Janeiro
onde, por “ordens superiores”, a juíza revogou a decisão inicial.
Em sua entrevistas, Comparato frequentemente toca no episódio que, segundo ele, “moldou a sociedade brasileira”:
Comparato foi o autor do projeto de Constituição do PT, aquele que
foi derrotado em 1988 no Congresso Nacional — razão pela qual os
petistas não apoiaram o projeto que foi aprovado.
Uma recente declaração de Lula, durante a festa de 25 anos da Carta,
fez com que Comparato confirmasse sua avaliação crítica sobre o
ex-presidente:
O projeto que Comparato escreveu ainda não previa o instituto do recall, como existe hoje na Venezuela
Para Comparato, a privatização da Companhia Vale do Rio Doce — que
controla as maiores reservas de minério de ferro do mundo e contra a
qual ele batalhou — foi um crime de lesa Pátria. Menos pelo valor da
empresa, mais por entregar a estrangeiros os mapas geológicos que
resultaram de anos e anos de pesquisa dos estudiosos da estatal
brasileira. Segundo ele, as ações movidas para reverter o resultado do
leilão na Justiça estão paradas.
Mas o jurista considera o leilão de Libra, recentemente realizado pelo governo Dilma, algo ainda pior:
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