A falta de dinheiro é o sintoma de uma doença chamada pobreza. Não
adianta combater o sintoma, é preciso tratar a causa da falta de
dinheiro. Quando combate o sintoma acontecem melhoras momentâneas, mas
como a causa continua existindo, o problema torna a acontecer em curto
espaço de tempo e de outra forma.
Por: Orlando Norio Oda
Pobreza é uma doença. A dor é sentida no bolso. Os sintomas são:
falta de dinheiro, carência de bens materiais, falta de sossego
(preocupação). A febre é o sintoma de uma doença infecciosa. É um aviso
do organismo, um processo de defesa contra alguma anormalidade. Se
quiser curar, não adianta combater o sintoma, é preciso tratar a causa.
Para isso, é fundamental distinguir a causa do problema. Exemplo: o
objetivo de uma empresa não é o lucro, mas, se o lucro for pouco,
significa que tem alguma coisa errada. Só fazer planos, metas de vendas e
de redução de despesas não resolve o problema. A causa está além da
falta de controle e organização.
Quando se combate só o sintoma acontecem melhoras momentâneas, mas a
causa continua existindo.
Quando a causa não é eliminada, o problema
retorna em curto espaço de tempo e de outra forma. Para melhor
compreensão, precisamos analisar a falta de dinheiro de dois ângulos
diferentes: coletivo (pobreza no sentido macro) e individual (situação
financeira).
A pobreza no sentido macro depende do centro que comanda. As Coréia
do Norte e Coréia do Sul, por exemplo, foram criadas em 1948. Partiram
da mesma situação inicial, na mesma região geográfica. Atualmente a
renda dos coreanos do Sul é quase 18 vezes maior que a dos coreanos do
Norte. Por que isso aconteceu?
Em 1960, a renda per capita do Brasil era quase dobro da Coreia do
Sul. Dez anos depois, em 1970, eram equivalentes. Atualmente a renda per
capita dos brasileiros está em torno de 11.900 dólares, ou seja, quase
um terço dos coreanos, que hoje estão em 32.100 dólares. Na última
década conseguimos ser o terceiro pior PIB da América Latina, na frente
apenas do Paraguai e da Bolívia. Por que isso aconteceu?
O comparativo com o Brasil pode ser justificado dizendo que os
coreanos são mais inteligentes, são mais trabalhadores, são mais
dedicados, não foram colonizados pelos portugueses, etc. Mas, e as duas
Coreias? Partiram da mesma situação inicial, mesma raça, mesma região
geográfica. O único ponto diferente é que foram comandadas de formas
diferentes.
Dos exemplos é possível perceber quão grande é a influência do
comando interno. A mesma influência ocorre no nível individual. São três
forças que comandam o ser humano: força física, forca mental e força
interna. As pessoas ainda não perceberam e não aprenderam a utilizar a
grande força interior que comanda o ser humano de dentro e faz as coisas
acontecerem.
A falta de dinheiro que não necessariamente é pobreza, é criada pelas
diversas “faltas interiores”: falta de generosidade, falta de gratidão,
de educação, carência afetiva, falta de harmonia, de alegria,
sinceridade, esforço. Alguma ou algumas destas “faltas interiores” levam
à criação da carência financeira e material.
A falta de generosidade é a falta de amor. Significa mesquinhez,
pequenez interna, individualidade. Falta a grandiosidade interior para
compartilhar com outras pessoas. A pequenez interior reflete na vida
como pequeno crescimento profissional, pequena visão de negócio e pouco
dinheiro. Como só quer enxergar a si pode manifestar também como miopia
(só vê perto).
Já a falta de gratidão é uma das principais causas de insucesso
pessoal, profissional e financeiro. A primeira lei da prosperidade diz
que é preciso agradecer as coisas que já possui. Se fizer uma pesquisa
com pessoas que ficam desempregadas por longos períodos entenderá.
Pergunte qual é o nome do primeiro patrão e se um dia na vida agradeceu a
esta pessoa.
A falta de harmonia junto com a gratidão é também uma das principais
causas dos problemas pessoais e financeiros. Os planetas não se chocam
porque estão em harmonia, em equilíbrio. A desarmonia é desunião,
separação. Faz o dinheiro separar de você. Atrás dos problemas
financeiros de uma empresa está a verdadeira causa do insucesso: brigas,
disputas, desarmonia entre membros da família ou sócios.
O desequilíbrio entre a entrada e saída gera a falta de dinheiro. Se
falta dinheiro é porque gasta mais do que ganha. A causa nunca é a
torneira da entrada e sim do ralo da saída. Desperdiça-se o dinheiro em
pequenos valores de forma compulsiva. Faz-se isso porque há um
desequilíbrio interior que faz comprar coisas desnecessárias para
anestesiar e esconder a insatisfação interior.
A carência afetiva também pode manifestar como carência financeira na
vida pessoal. É muito comum pessoas com problemas de relacionamentos
com pais, sogros, marido, mulher e familiares passarem na vida por
grandes problemas financeiros. A carência interior cria uma carência
física exterior por semelhança de sentimento. A lei funciona por atração
da semelhança. Não é igualdade!
Um dos professores que eu tive dizia sempre: “O problema existe até solucionar. Para solucionar, precisa saber qual é o problema”.
Se curar a infecção, a febre desaparece. Se identificar a causa da
falta de dinheiro e solucionar o problema, automaticamente ele deixará
de existir. Que tal tentar?
Artigo publicado no site Administradores.com
Por: Orlando Norio Oda é administrador de empresas, formado pela PUC-SP, tem mestrado em Administração Financeira – FGV. É diretor da OTK Sistemas, AfixCode Patrimônio e Avaliações, AfixGraf Soluções Gráficas, vice-presidente da APSIB – Associação da Prosperidade da Seicho-no-Ie do Brasil, preletor Júnior da Seicho-no-Ie do Brasil. Presidente da Comissão Organizadora do Seminário Especial da Prosperidade.
Palestrante da APSIB – Associação da Prosperidade da Seicho-no_Ie do Brasil, orientador do Ciclo de Estudos da Prosperidade desde 1992, palestrante do Seminário Especial da Prosperidade: Rio de Janeiro/RJ, Pousada do Rio Quente/GO, Curitiba/PR, Gramado/RS,Costa do Sauipe/BA, Porto de Galinhas/PE.
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