Esta dúvida persiste em diversas situações do cotidiano. Em
que os indivíduos chamados líderes são confrontados com a inusitada
situação do fracasso inesperado. Assunto que vale a pena refletir.
Por: Walber de Oliveira Neto
Sim,
mas o que é afinal o espírito de equipe? Poderíamos dizer que é o
sentimento que compartilhamos, quando são identificados objetivos comuns
com determinado grupo de pessoas. Então, se este sentimento faltou em
algum momento importante é porque ele não existia suficientemente antes e
continuou ausente em circunstância crucial. Esta identidade de
objetivos observada em ocasião específica, geralmente merece uma atenção
especial devido ao destaque que um agente catalisador desse impulso fez
com que prestássemos atenção para ele. Ou seja, alguém, com o poder de
persuadir os ouvintes, identificou esta pré-disposição do grupo, ao
ponto de conseguir convergir a atenção de todos para este fato.
Na verdade, esta convergência de sentimentos esperada para as tarefas
em equipe nem sempre é constante em todo o tempo necessário. Daí a
importância da presença de um líder, que saiba identificar
características imprescindíveis nos componentes do grupo para que os
objetivos principais sejam alcançados sem a perda de forças durante o
esforço conjunto.
Também é verdade que os diversos talentos somados na reunião de
diferentes indivíduos, nem sempre alcançam os mesmos resultados a cada
esforço se os ânimos de cada um não estiverem no ponto necessário para o
intuito almejado. Diversas variáveis vão influenciar neste desempenho.
Desde a existência de um descanso individual reparador e diário, assim
como o estado de saúde e até a recompensa (monetária ou não) prevista
para a tarefa pretendida.
Com certeza poderemos comentar, ou tentar justificar, que “faltou
foco” para o grupo quando os objetivos esperados para um grupo não são
alcançados. Mas não será suficiente para o devido entendimento do
fracasso eventual. A ausência de componentes importantes do grupo poderá
ser um fator determinante para isto. Então poderíamos complementar esta
avaliação, dizendo que “o grupo não é o mesmo sem a presença de fulano ou de beltrano…”
Retornando à nossa dúvida inicial, então nesse caso não há falta de um
espírito de equipe e sim de uma “mesma equipe” atuando em todo tempo ou
em período integral. Isto sabemos que será difícil ou impossível de
alcançar.
Segundo o entendimento de estudiosos, o espírito de equipe ocorre
quando o importante é que todos falem “a mesma língua”. Isto pressupõe:
objetivos conhecidos e comuns a todos, assim como a distribuição de
forças proporcional ao potencial de cada um. Diagnosticar essas virtudes
em cada membro da equipe é fundamental para que possamos ter a
expectativa segura do sucesso.
Então, a questão da manutenção perene do espírito de equipe, não se
trata apenas de um exercício árduo de disciplina individual ou de grupo.
Valerá aqui da capacidade de cada um conhecer a si próprio e ao seu
potencial em relação aos companheiros para enfim complementá-los, dentro
das suas reais possibilidades. Que somadas enfim, produzirão o sucesso
esperado.
O objetivo central, tema e comentário deste texto, ainda que almejado
por muitos na verdade não faltará, se ele existiu verdadeiramente em
algum momento em uma equipe. Se faltou, é porque não existira de maneira
consistente. Se for volúvel em consistência, talvez não pudesse ser
chamado de espírito de equipe, mas de fortuita convergência de
interesses. Em um ambiente em que se presa a participação de todos, com
suas capacidades e opiniões divergentes ou não, a troca de experiências e
somar de forças deverá ser o meio, buscado com todas as energias para
se alcançar o fim pretendido. Afinal, é assim que a vida em comunidade
se manifesta da forma mais aprazível e assim será possível também a
verdadeira felicidade.
Artigo publicado no site Administradores.com
Por: Walber de Oliveira Neto é colunista de diversos veículos de comunicação, tais como Revista Brasileira de Contabilidade; COAD — Administração de Negócios; Jornal Panorama Regional — Cataguases (MG); Jornal Correio do Sul — Varginha (MG); Jornal Hoje em Dia – Semanário Brasília — Belo Horizonte (MG); Jornal Minas Gerais; Jornal Cataguases; RBS Revista Eletrônica; Comtexto Revista Eletrônica e Editora Eletrônica; e autor do “Crônicas da Economia”, lançado pela editora Ganga Bruta./Via: debatesculturais.com.br
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