Nas condições do capitalismo contemporâneo, o desemprego e a carestia
de vida assoberbam o mundo de miséria. As massas continuam a viver suas
vidas duras ou mornas de oprimidos. Algumas, reagem às transformações
políticas, conservam a ordem.
Os numerosos trabalhadores, componentes fundamentais dessas massas,
fabricam por tempo indeterminado, o luxo, o conforto e a felicidade dos
proprietários dos meios sociais de produção. E é nesses tempos que tanto
se fala em democracia. Para quem ela existe, de fato? A democracia é
realidade para o dominante e sonho para o dominado.
Os governos democratas e social-democratas se limitam as reformas que
o próprio mercado absorve, dentro dos limites de uma sociedade burguesa
hierárquica e violenta.
O democrata, por fim, promete um programa mínimo de apoio ao
explorado. E, às vezes, um programa máximo. Promessas. Entre o programa
mínimo e o máximo não existe qualquer ponte. Ele nem tem necessidade
dessa ponte porque de socialismo só fala em dia de festa, dentro de seu
próprio país, num senso particular.
Por: Thiago Camacho é ator e professor de Língua Portuguesa.
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