Prof. Abraham H. Maslow afirma: “As únicas pessoas felizes que
conheço são as pessoas que estão trabalhando direito em algo que
consideram importante. Todos os seres humanos preferem trabalho com
significado a trabalho sem significado”. Qual é o seu significado do trabalho?
Por: Orlando Norio Oda
Já vi pessoas felizes e infelizes no trabalho. Já vi pessoas felizes
que ganham pouco e pessoas infelizes ganhando um bom salário. Eu mesmo
já vivi momentos infelizes no trabalho ganhando bom salário. Era um
“garotão” na época vindo de uma família de poucos recursos financeiros. O
dinheiro significava ter acesso aos sonhos de consumo.
Mesmo assim não me sentia feliz. Segunda-feira de manhã era muito
dolorido ter que acordar e sair para o trabalho. O caminho de ônibus até
a empresa parecia o corredor da morte. Por que o trabalho que me
permitia ter acesso a coisas antes impossíveis não me entusiasmava, não
me deixava feliz?
Pensava: “não gosto do trabalho, do chefe, nem da empresa”.
Mas eu não tinha nenhuma razão para não gostar. Ele me proporcionava
independência financeira. Não tinha o que reclamar: tinha bom ambiente,
pagava em dia.
O trabalho significava dinheiro. Era a forma de ganhá-lo. Por isso,
me esforçava para ser competente porque isso significava melhor salário.
Assim era algo incompreensível não me sentir feliz com o que justamente
me proporcionava uma boa renda.
O atrito interior e a falta de entusiasmo, refletiram no corpo e
passei a ter problemas de saúde. Somando problema físico com falta de
dedicação e alegria com o trabalho, acabei perdendo o emprego. Incrível,
mas a sensação que tive com a notícia foi: “que bom, ótimo”. Deveria ficar triste, chateado. Mas, foi como se livrar de um peso, uma chateação.
Mais tarde o trabalho continuou sendo a fonte de recursos financeiros
para sustentar a minha família com conforto. Assim teria sido por muito
tempo, talvez por uma vida inteira, até ler o livro “A Verdade da Vida”, do Prof. Massaharu Taniguchi, e abrir os olhos da espiritualidade: “Trabalho é a ação que beneficia o próximo”.
Conceituar corretamente, ter a visão correta da vida, ter o conceito
claro do trabalho faz toda a diferença. É o autoconhecimento que faz o
homem ser feliz com o trabalho, com a empresa, com o chefe, com os
colegas. É de dentro de si que deve brotar a alegria, a felicidade, o
entusiasmo.
Prof. Taniguchi afirma: “O ser humano possui cinco desejos
fundamentais: ser reconhecido, amado, elogiado, livre e útil. Quando
esses desejos são satisfeitos, o homem encontra a razão de viver”. O
trabalho é o meio para satisfazer os cinco desejos fundamentais. O
trabalho é a sua identidade profissional, o seu valor pessoal.
Para que o trabalho signifique satisfação, cada um precisa reconhecer
o significado e o valor dele. Reconhecer é conhecer duas vezes. Uma
coisa é aquisição do conhecimento e outra é incorporá-lo. É o que os
religiosos chamam de fé. Fé é mais do que conhecer, é a aceitação
incondicional.
No livro “Maslow no Gerenciamento”, o Prof. Abraham H. Maslow afirma: “As
únicas pessoas felizes que conheço são as pessoas que estão trabalhando
direito em algo que consideram importante. Todos os seres humanos
preferem trabalho com significado a trabalho sem significado”.
Cada pessoa deve encontrar o seu “significado do trabalho”. Para isso
é necessário ter a definição correta do trabalho dentro de si. Se a
definição for apenas “dinheiro” não é uma definição correta. Não é
importante o suficiente para se sentir feliz, ter o entusiasmo
necessário para ser bem sucedido.
Quando reconhecemos o verdadeiro valor e significado do trabalho,
sentimos que estamos fazendo algo útil, livre do dever e necessidade de
ganhar dinheiro. O autorreconhecimento vem naturalmente. Acaba com a
preguiça ao acordar de manhã. Entusiasmo e dedicação ao trabalho vem
naturalmente. O sucesso também.
Artigo publicado no site Administradores.com
Por: Orlando Norio Oda é administrador de empresas, formado pela PUC-SP, tem mestrado em Administração Financeira – FGV. É diretor da OTK Sistemas, AfixCode Patrimônio e Avaliações, AfixGraf Soluções Gráficas, vice-presidente da APSIB – Associação da Prosperidade da Seicho-no-Ie do Brasil, preletor Júnior da Seicho-no-Ie do Brasil. Presidente da Comissão Organizadora do Seminário Especial da Prosperidade.
Palestrante da APSIB – Associação da Prosperidade da Seicho-no_Ie do Brasil, orientador do Ciclo de Estudos da Prosperidade desde 1992, palestrante do Seminário Especial da Prosperidade: Rio de Janeiro/RJ, Pousada do Rio Quente/GO, Curitiba/PR, Gramado/RS,Costa do Sauipe/BA, Porto de Galinhas/PE.
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