Por: Júlio César Cardoso
Por sua vez, eu considero política, no Brasil,
como sendo a arte de tirar vantagem da coisa publica. Já Lênin disse que “Onde
termina a política começa a trapaça”. Eu e Lênin não estamos errados.
Pois, o que mais existe em nossa política é trapaceiro querendo tirar vantagem
da coisa pública.
Quando leio nos noticiários o envolvimento do
deputado federal Luiz Argôlo (SDD-BA) com o doleiro Alberto Youssef, lamento
que um jovem político não sirva de espelho para a nossa juventude ao trilhar
pelos descaminhos da podridão política de só querer tirar vantagem – Lei de
Gerson.
Infelizmente, o nosso Parlamento está infestado
de políticos oportunistas safos, mequetrefes, larápios, cabideiros de emprego,
políticos solertes que se elegem para abiscoitar vantagens para si, para sua
família e amigos ou para representar os interesses espúrios de grupos
empresariais. São políticos sem caráter, sem pudor, sem dignidade e que não
honram o nome da República. Políticos quadrilheiros, bandidos que deveriam
estar presos.
No Japão, China etc., quando um político é descoberto
em práticas irregulares, ele se suicida de vergonha porque sabe que será punido
impiedosamente não só pela sociedade, mas também pelas leis rígidas desses
países. Aqui no Brasil, ao contrário, o político salafrário é desmascarado e
quase não acontece nada. Por isso, os deputados Luiz Argôlo, André Vargas e
outros desbragados não são imediatamente cassados e presos em nome da
moralidade pública.
Enquanto travestidos políticos denigrem a imagem
do Parlamento, procurando obter vantagem a qualquer custo, o povo passa
necessidade, não se tem educação pública de qualidade, assistência médica e
hospitalar para as camadas mais necessitadas e inexiste segurança pública para
todos, porque o dinheiro da nação, que deveria ser empregado nesses serviços,
vai forrar os bolsos, as cuecas e outras vergonhas imundas de parlamentares
indecorosos.
O doleiro Alberto Youssef atendia aos canalhas em
domicílio. A reportagem da revista Veja mostra passo a passo toda a safadeza.
Mas o deputado Luiz Argôlo não tem a hombridade de reconhecer o seu grave erro?
O deputado aprendeu muito cedo a arte da
maracutaia. Diálogos interceptados pela Polícia Federal mostram “Primo”,
identificado como sendo o doleiro Alberto Youssef, e o tal “LA” combinando uma
entrega de dinheiro no endereço onde mora o deputado Luiz Argôlo, ou seja, “302
N, Bloco H, Ap. 603”, apartamento funcional do deputado em Brasília.
Que parlapatão é esse deputado cara de bundão!
Por isso, o Norte e Nordeste continuam no quadro de pobreza, onde mais de 60%
de sua população é dependente de bolsa assistencial, porque os seus políticos,
com raras exceções, só sabem pilhar e nada fazem para dinamizar a economia
dessas regiões.
Por: Júlio César Cardoso
é bacharel em Direito e servidor federal aposentado e mora em Balneário Camboriú
– SC – juliocmcardoso@hotmail.com
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