Tive duas oportunidades de morar fora do Brasil, a primeira vez foi quando eu morava em Porto Velho-RO isso aconteceu com uma turma de amigos aventureiros que costumeiramente viajavam para Venezuela ao embarcar em navios cargueiros poderia chegar até o Canadá, dessa vez desistir no dia anterior a viajem marcada. No segundo caso foi mais interessante e merece mais atenção de nossa parte. Então. Nesse período eu e um grupo de amigos estudávamos Filosofia sem parar queríamos nos descobrir pelo mundo filosófico se não me falha a memória, em meados de 1999 ao participarmos de um seminário em Sampa (São Paulo), com o conferencista o Espanhol Ernesto Barón Psicólogo, Filósofo e Teólogo o senhor Baron é Mexicano de nascimento.
Pois bem, após o evento que durou quatro dias com descanso e tudo,
formou-se uma fila enorme em seu escritório para atendimento ao público,
selecionado pelos seus auxiliares haja
vista que na espera lá fora do recinto tinham mais de 2 duas mil pessoas evidentemente
que seria praticamente impossível o “conselheiro” atender a todos em poucas
horas, enfim.
Por ser o último na fila conseguir
falar com o solicitado homem nada menos do que as duas horas da manhã, também
pondera! Terminada a “consulta”, os detalhes ficará para outra oportunidade, o
Senhor Barón que já tinha em seu currículum, escrito mais de 40 livros na época
por sinal bem aceito na Europa principalmente, de repente o homem de mais ou
menos 50 e poucos anos olhou-me e disse “vamos bater uma pelota” bola? “sim
pelota” agora? “Claro ou tenes hora marcada” respondeu-me em Portunol misturado.
Fomos indo então, juntaram mais
alguns peladeiros pelo hotel e jogamos bola até próximo do dia amanhecer, o que
ficou de negativo foi um dedo da mão quebrado de um dos colegas o radialista
presente no evento da cidade de Patos-PB cujo nome não mais me recordo.
Sentamos todos em volta da mesa
fora do gramado esperando esfriar o calor para o banho, com essa cara que eu
tenho, Barón para quebrar o gelo dirigiu e disse na linguagem dele para a minha
pessoa e os presentes “porque está triste?” Triste não senhor, cansado! Continuamos
assim, entre as brincadeiras que foram surgindo perguntou-me novamente, “o que
faz da vida?” eu nada! Risos... “algo faz como sobrevive no Brasil?” bem, na
verdade sou funcionário público mais gostaria de escrever para jornal quem sabe! respondi, Barón, há
muito bom, “o que pensa em escrever”, ao relatar os meus possíveis pensamentos e
possibilidades a respeito da escrita em questão, percebemos que o franziu a
testa do grande homem ali presente com certa dúvida no entendimento do assunto mais
não interferiu em nada haja vista que significava que era um desejo meu apenas.
Portanto a surpresa veio logo depois da fala
“non queres divulgar (vender) livros na Europa?” Eu? Pode ser nós! Pensei,
pensei, pensei...e até hoje penso na besteira que fiz de não ter ido. Agora,
entendo que naquele momento virei as costas para o dinheiro “farto” e o
dinheiro olhou para mim e me disse tchau.
Há lembram do rapaz do dedo quebrado, viajou e deve está na Espanha
e um outro sujeito mora na Suíça enfim o resto sei que nunca mais soube
notícias deles, abraço gente, dizem que o que é bom dura pouco, abraço atrasado,
mais desejo sucesso.
Por: Iram de Oliveira, Geógrafo
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