No Brasil, as lutas pelo direito
ao voto vêm de longa data e garantiram o voto das mulheres, depois dos soldados
e analfabetos. Desde 1989 todos podem votar diretamente para presidente.
Porém, persiste um problema: para
Câmara dos deputados o poder do voto do eleitor varia conforme a unidade da
federação. As quantidades de deputados que cada estado pode eleger são
diferentes e, em geral, estados com mais eleitores elegem mais deputados. Mas a
proporção entre o tamanho do colégio eleitoral
e o número de vagas que cada estado deve ocupar na Câmara não é a mesma
em todos os lugares.
Por exemplo: enquanto em um
estado a proporção é de um deputado a cada 432 mil eleitores, em outro é de um
a cada 33 mil. Assim, o voto dos eleitores de estados com proporções maiores exerce
menor influência sobre o poder legislativo.
Esta distorção impede a maioria
do povo trabalhador, concentrada em áreas populosas, de ter uma representação
mais justa; e favorece a eleição de representantes das oligarquias locais, onde
reina ainda mais o poder econômico dos latifundiários e grandes empresários.
A igualdade do poder do voto é
uma questão básica de qualquer democracia. Lutamos para que cada eleitor tenha
direito, de fato, a um voto!
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