O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, sinalizou que não haverá o voto impresso nas eleições de 2022, como defende Jair Bolsonaro. De acordo com o magistrado, “já passou o tempo de golpes, quarteladas, quebras da legalidade constitucional”.
“Ganhou, leva. Perdeu, vai embora. (Donald) Trump, nos Estados Unidos, esperneou muito, mas está na Flórida, não em Washington”, disse em entrevista ao jornal O Globo. “A democracia tem lugar para liberais, progressistas e conservadores. Nela só não cabem a intolerância, a violência e a não aceitação dos resultados legítimos das urnas”.
Segundo Barroso, “nunca, desde a introdução das urnas em 1996, houve qualquer denúncia de fraude documentada e comprovada”. “Se alguém tiver qualquer prova nesse sentido, tem o dever cívico de apresentá-la”, afirmou.
O presidente do TSE vê como “um dos grandes perigos da introdução do voto impresso” o fato de as eleições “passarem a ser disputadas nos tribunais e não nas urnas”.
Brasil247
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