De acordo com professores, há um temor de que o fim do Auxílio Emergencial possa aumentar a evasão escolar no Brasil.
O Governo Federal acabou oficialmente com os pagamentos do Auxílio Emergencial. De acordo com as informações oficiais, o último repasse aconteceu ainda no final do último mês de outubro. Durante esta semana, a Caixa Econômica Federal está fazendo as liberações dos últimos saques.
Embora ainda não tenha batido um martelo sobre uma possível prorrogação, o Governo não nega que o provável mesmo é que esse programa não volte. De acordo com informações de bastidores, o foco do Palácio do Planalto neste momento é mesmo o Auxilio Brasil, o projeto que está substituindo o Bolsa Família.
A possibilidade real de fim do Auxílio Emergencial está fazendo muita gente se preocupar. Inclusive os professores de escolas públicas. Em entrevistas para veículos de imprensa, há o temor de que o fim do benefício poderá fazer com que a evasão escolar aumente já a partir dos próximos meses.
E isso aconteceria por um motivo simples. Isso porque sem o Auxílio Emergencial para ajudar nas contas de casa, muitos pais podem acabar colocando as suas crianças e adolescentes para trabalhar. Eles, por sua vez, ficariam sem tempo para ir para a escola. E aí se aumentaria a questão da evasão escolar neste momento.
Vale lembrar que esse é um problema que estava acontecendo mesmo com os pagamentos do Auxilio Emergencial. É que com a pandemia do novo coronavírus, mais crianças deixaram de ter aulas. Com o fim do benefício, então, especialistas acreditam que essa situação poderá acabar ficando ainda pior.
O que dizem os professores
Parte dos professores estão pedindo para que o Governo encontre uma solução para esse problema o mais rapidamente possível. É que há um temor de que a situação para esses estudantes acabe ficando cada vez pior com o passar dos meses.
“Já estamos tendo uma evasão muito grande de alunos, porque a prioridade
deles é trabalhar e ajudar a levar o sustento para casa. Não é mais
estudar, porque a fome é uma necessidade hoje”, relatou uma professora
que não quis se identificar em entrevista para o jornal Folha de São
Paulo.
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