O segundo turno das eleições presidenciais aconteceu no último domingo (30/10). Até essa data, a Petrobras estava segurando um novo reajuste no preço da gasolina, para não haver interferência nos resultados. Entretanto, a previsão atual é de que o produto volte a subir até o final dessa semana.
Como dito anteriormente, para não interferir no resultado das eleições, o preço da gasolina estava sendo mantido em 18% abaixo do Preço de Paridade de Importação (PPI), o que pode mudar ainda nesta semana. Segundo cálculos realizados e divulgados pela Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) da última sexta-feira (28/10), a defasagem da gasolina vendida pela estatal chega a R$ 0,75 por litro.
Na prática, isso quer dizer que, se estivesse seguindo a política do PPI, o produto estaria R$ 0,75 mais caro a cada litro. Entretanto, nenhuma alteração no valor do combustível foi realizada desde setembro.
No último mês em que houve queda de 7% no valor cobrado pela gasolina em refinarias, houve um pedido do então presidente Jair Bolsonaro (PL) para que o valor do produto não fosse alterado até o segundo turno das eleições. Isso porque a disparada no preço dos combustíveis foi um dos motivos de desgaste entre o presidente e seus eleitores nesse momento.
Além da gasolina, a Petrobrás também segurou o valor cobrado pelo litro do diesel, que é utilizado para abastecer caminhões. Em relação ao PPI, esse produto já vem sofrendo com uma defasagem de 20%. Ou seja, o diesel deveria estar R$ 1,25 mais caro se tivesse passado pelos reajustes necessários, ainda de acordo com a Abicom.
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