A Educação 4.0 procura fornecer uma base de conhecimento para auxiliar gestores e professores em “como fazer inovação de verdade” em cada escola brasileira.
Esta é a avaliação do professor Cassiano Zeferino de Carvalho Neto, pesquisador e presidente do Instituto Galileu Galilei.
À CNN Rádio, ele explicou que o modelo “vai valorizar o desenvolvimento do estudante, ao longo de toda a sua vida.”
A escola, então, “carrega a oportunidade de apresentar o desenvolvimento das competências, dons e talentos de cada aluno, para sermos capazes de formar uma nação mais forte.”
Pesquisador do assunto há 50 anos, o especialista defende que cada escola é única.
Ou seja, “não tem sentido falar em inovação como se fosse caixinha mágica aplicada para todas as escolas.”
Ele lembra que há mais de 150 mil escolas no Brasil: “Com essa base, estamos com atraso da ordem de 30 anos em termos de conhecimento dos nossos professores.”
Cassiano explica que isso acontece porque os programas brasileiros do final do século XX, por exemplo, “não dão respostas aos jovens que, hoje, são digitais.”
“O mais importante é a escola desenvolver a competência dos nossos estudantes”, completou.
Processo de inovação
A inovação pode ser vista em três níveis: das pessoas, dos processos e das coisas.
“O mais importante é ter visão de programa nacional que valorize alta qualificação profissional de gestores e professores”, defendeu.
Dessa forma, “eles poderão desenhar um plano estratégico de inovação de verdade e levá-lo a efeito, não se trata de conteúdo, mas como abordar situações com a base de conhecimento científico para que os alunos se desenvolvam e amadureçam”.
*Com produção de Isabel Campos e Bruna Sales
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