Professora humilha aluno autista e mãe procura polícia; ouça áudios

        Áudio: professora humilha e ameaça alunos especiais em escola do DF |  Metrópoles

CB - Uma professora é investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), após ser flagrada em áudios humilhando aluno de uma classe especial, da Escola Classe 8, do Guará. O caso ganhou repercussão nos últimos dias após uma mãe perceber que o filho, de 11 anos, com transtorno do espectro autista (TEA), estava com alterações no comportamento e se automutilando.

Para colocar a limpo a desconfiança sobre a atuação da professora, a mãe de um dos alunos, a aromaterapeuta Marina Valente, 34, ligou o gravador de voz do tablet que o filho leva para a escola todos os dias. Nos áudios, a professora, de 43, berra com os alunos com TEA e, em um dos momentos, manda aos gritos para um dos estudantes ‘falar direito’. “Fala direito, ‘tá’ morto? Mexe a boca para falar”. Ao fundo, a criança repetiu da forma “correta”, como solicitava a professora.


Na gravação é possível também ouvir as crianças chorando pela forma despreparada da professora em lidar com os estudantes. Ouça:

“O meu filho está sob os cuidados, porque estamos buscando as terapias necessárias. Ele está com sintomas de pós-trauma, bastante ansioso quando ouve os áudios na televisão da professora. Ele morde a mãozinha, que já era um sinal que ele vinha apresentando no começo quando começamos a identificar que algo estava errado. Ele vai ficar bem, estamos buscando apoiá-lo nesse momento”, contou Marina, à reportagem.

A aromaterapeuta decidiu procurar a polícia por conta da falta de atitude da direção da escola sobre o caso. Ela conta que procurou a direção, mas disseram que nada poderiam fazer sobre o caso porque a professora era “servidora concursada”. O filho de Marina não foi mais à escola. O menino sempre fica ansioso quando o ônibus escolar passa na rua. “Quando o ônibus passa, ele ouve o barulho. Fica bastante nervoso. Apresenta crime de pânico, acelera o coração, tenta se esconder. Estamos explicando para ele que está tudo bem, que já passou, que vai ficar tudo bem e que a escola é um lugar legal”, completou.

Além de Marina, outras duas mães procuraram a 4ª Delegacia de Polícia (Guará II) para denunciar a docente. Em um desses casos, uma das crianças chegou a fugir de casa, dizendo que a “tia (a professora) era má”.

A professora prestou depoimento na quinta-feira (6/7) na delegacia, e admitiu que a voz nos áudios divulgados é dela, mas preferiu ficar calada quanto às acusações que foram feitas. Uma outra docente também prestou depoimento.


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