Economista, professor e tucano histórico vive em situação de rua

 

José Tarcísio Florentino da Silva, um ex-tucano histórico e que já ocupou cargos importantes na administração de Santos (SP), no litoral paulista, hoje vive em situação de rua. Foi o que descobriu o jornal local Diário do Litoral.

Economista de formação, Florentino foi duas vezes presidente do Sindicato dos Conferentes do Porto de Santos, consultor técnico da Empresa Metropolitana de Transporte Urbanos (EMTU) e da Agência Metropolitana da Baixada Santista.

 Já dividiu mesas com nomes como o ex-governador de São Paulo, Mário Covas, e o ex-prefeito de São Vicente (SP) e ex-deputado, Koyu Iha, ambos fundadores do PSDB. Florentino também era amigo pessoal do ex-deputado Edmur Mesquita, falecido em 2022, e, mais recentemente, já esteve ao lado do ex-prefeito de SP, Bruno Covas.

Florentino também foi professor universitário e participou de discussões no Senado, tendo vivência no sindicalismo.

 Como o ex-tucano chegou nessa situação

Após se aposentar e deixar o sindicalismo, “por desavenças com oposicionistas por conta dos caminhos que a relação trabalhista entre os conferentes e as empresas portuárias estavam tomando”, o político se endividou na década de 90, quando recorreu a empréstimos consignados.

Sem família, nunca conseguiu se reerguer e hoje conta com a assistência do Serviço Social de Santos. Ao Diário do Litoral, ele disse que só percebeu alguns problemas na região da Baixada Santista, a qual, aos 75 anos, fica triste por ver “estagnada”, quando passou a depender 100% do serviço público.

 Ele afirma que falta objetividade, compromisso e senso comum dos executivos dos nove municípios da região há pelo menos duas décadas e que, hoje, entende o por quê: os prefeitos adotam procedimento individuais ao deixar as mesas, quando, na verdade, todas as decisões e investimentos deveriam ser feitos de forma conjunta e estrategicamente pensada.

“Eu ignorava essa questão e só fui perceber quando cheguei à situação de rua e passei a precisar totalmente do serviço público”, conclui.

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