Bolsa para estudantes que permanecem no ensino médio devem iniciar em março, diz Camilo

 

O ministro da educação, Camilo Santana, afirmou nesta terça-feira que o governo espera começar a pagar o "Pé de Meia" - bolsa paga a estudantes do ensino médio de baixa renda - a partir de março. A confirmação da data, entretanto, ainda depende de diálogos com a Caixa Econômica Federal e de ações de governos estaduais. Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro também disse contar com diálogos com o relator do projeto do novo ensino médio, que tramita na Câmara em regime de urgência, para que o texto seja aprovado conforme o desejo governista.

Eu não gosto nunca de falar em data, mas nós estamos trabalhando para que a partir de março eles (os estudantes) já comecem a receber. Mas, repito, esse é o calendário que nós estamos trabalhando. Porque isso envolve Caixa Econômica Federal, envolve também os estados, para que a gente possa executar esse programa — disse.

No que diz respeito ao projeto do novo ensino médio, Santana disse esperar que os diálogos com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o relator do projeto, deputado Mendonça Filho (União-PE), para que seja aprovada uma versão de acordo com os interesses do governo. Na versão do projeto aprovada no Congresso, cada aluno receberá R$ 200 mensais durante dez meses — pagamentos iniciados após a efetivação da matrícula em cada ano letivo — e mais uma poupança de R$ 1.000 por ano até o 3º ano do Ensino Médio.

 Dessa forma, ao todo serão R$ 3.000 por ano: as 10 parcelas de R$ 200 poderão ser sacadas pelo estudante durante o ano letivo; já o valor de R$ 1.000 depositado após a aprovação só poderá ser retirado após a conclusão do ensino regular. Estudantes terão que manter uma frequência mínima de 80% nas aulas para manter o direito de receber o auxílio. Os governistas defendem um percentual de 75% de assiduidade.

O projeto da Reforma do Ensino médio passou por uma consulta pública com estudantes, professores e conselhos de educação sendo ouvidos. Queremos dialogar com o relator Mendonça Filho, com o presidente da Câmara, para chegar a um consenso e aprovar o projeto que foi encaminhado. Espero que agora, com o retorno do Congresso, tenhamos um texto final — completou.

G1 


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