Brasil precisa de “plano de ação” para melhorar desempenho na educação, diz professor

                                 Internet e infraestrutura foram os maiores desafios da educação em 2020

O mau desempenho do Brasil em ranking de avaliação internacional de educação básica só será revertido com “plano articulado de ação” que garanta o direito de aprender de crianças e adolescentes.

É isso que defende o professor e diretor de pesquisa e avaliação da ONG Cenpec Romualdo Portela de Oliveira.

Ele afirmou que a “mais do que o diagnóstico, é necessário o desenvolvimento de políticas para melhora na educação brasileira.”

“Isso nos falta, temos um número grande de escolas sem condições de infraestrutura adequada, os salários de professores são piores do que de outros países, por exemplo”, completou.

O especialista também destacou que a pandemia da Covid-19 teve impacto na educação, com “piora no mundo todo.”

“Em alguns países essa piora foi menor, em outros maior. Mas vai levar tempo para recuperar”, disse.

Além disso, a “situação do Brasil, embora não tenha tido muita movimentação no ranking, já vem em um contexto ruim, com desempenho ruim.”

O professor reforçou a necessidade de trazer os jovens de volta para a escola: “Temos que ter escolas com condições de propiciar ensino de qualidade, todos têm de ter condições de aprender, isso implica que professores tenham boas condições de trabalho.”

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), divulgado na terça-feira (5), apontou que o Brasil tem menos da metade dos estudantes de 15 anos de idade com nível mínimo de aprendizado em matemática e ciência.

*Com produção de Isabel Campos

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