O 1º Círculo de Cultura Virtual do Pacto EJA começou na quarta (12). Encontro apresentou o Pacto Nacional pela superação do analfabetismo e os conteúdos do curso, que terá 63 encontros presenciais ou virtuais
Uma formação docente voltada a profissionais que atuam na Educação de Jovens e Adultos (EJA) teve início na quarta-feira, 12 de março. O chamado 1º Círculo de Cultura Virtual foi promovido pelo Ministério da Educação (MEC), por meio de parceria entre a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), e o Instituto Federal Farroupilha (IFFar). Na ocasião, um encontro virtual apresentou os conteúdos e a organização do curso, além dos princípios do Pacto Nacional pela superação do analfabetismo e qualificação da EJA (Pacto EJA). O encontro está disponível no canal do MEC no YouTube.
A secretária da Secadi, Zara Figueiredo, ressaltou a importância da iniciativa, que já conta com a adesão de mais de 15 mil professores , para o futuro da educação brasileira. “O ministro Camilo Santana atuou fortemente para que a gente colocasse a educação de jovens e adultos no centro da agenda da política educacional. Obviamente, é importante a gestão, ter processos de indução, uma coordenação forte do MEC em relação às redes de ensino e ter material didático, como vem acontecendo. Mas isso é completamente insuficiente se a gente não tiver professores bem informados. Por isso, essa formação docente é essencial para nós, é determinante”, destacou.
Para a diretora de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos da Secadi, Ana Lúcia Sanches, os profissionais que se formarem pelo ciclo colaborarão significativamente com o Pacto EJA. “Precisamos nos mobilizar fortemente. Temos um número expressivo de cidades que ainda não ofertam EJA, então precisamos ajudar a mobilizar estados e municípios. Precisamos de uma formação específica, qualificada, que toca desde a sensibilização, no processo de chamamento público, até o acompanhamento da busca ativa. Que a gente não desista de ninguém”, afirmou.
O curso será realizado nas escolas entre 2025 e 2026 durante o horário de trabalho pedagógico coletivo dos professores da EJA. Serão 31 encontros presenciais e 32 virtuais, totalizando uma carga horária de 126 horas. As coordenações pedagógicas das escolas que ofertam a modalidade em todo o país, responsáveis pela mediação dos encontros presenciais e virtuais, conduzirão o trabalho a partir da interlocução com os 1.300 formadores regionais que integram a estrutura de formação do pacto.
O material didático de apoio aos encontros, bem como o suporte pedagógico oferecido aos formadores regionais, está sob a responsabilidade do IFFar, que realiza oficinas pedagógicas virtuais. Esse material disponibiliza subsídios destinados a apoiar os estudos docentes e suas práticas pedagógicas. O processo de formação será acompanhado por 27 sistematizadores, responsáveis pela produção de e-books destinados a registrar e avaliar a experiência formativa. A formação está estruturada em cinco módulos:
Módulo I – Diálogos sobre a EJA no Brasil: campo de direito e de políticas públicas;
Módulo II – Sujeitos coletivos de direito na EJA;
Módulo III – EJA: educação popular, pesquisa participante e produção de conhecimento I;
Módulo IV – Conexões de saberes em diálogo com as áreas do conhecimento; e
Módulo V – EJA: educação popular, pesquisa participante e produção de conhecimento II.
Formação para a docência na EJA – Além da formação em serviço, a proposta de formação docente inclui também a formação inicial, realizada em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN); e a formação autoinstrucional, oferecida por meio da plataforma Avamec. Até o final de 2026, o conjunto das iniciativas beneficiará 50 mil estudantes de licenciaturas, cerca de 135 mil professores que atuam na modalidade EJA Ensino Fundamental e 107 mil que atuam no Ensino Médio.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi
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