Edinho defendeu que o próximo ciclo da direção partidária será o mais importante da história do PT por estar diretamente vinculado à disputa com forças autoritárias. “Essa direção que vai ser eleita vai conduzir o enfrentamento a esse pensamento fascista que cresce de forma organizada”, afirmou. Segundo ele, trata-se de um fenômeno internacional que também se expressa na política brasileira por meio de partidos, manifestações culturais e estruturas ideológicas. “O Brasil nunca flertou com o fascismo. O máximo que tivemos foi o integralismo nos anos 30”, observou.
Edinho destacou que a eleição presidencial de 2026 se dará em um ambiente de profunda polarização, exigindo do PT e de seus aliados capacidade para ampliar o campo democrático. “O PT terá que ser o partido que vá construir uma força, um amplo campo democrático que vá derrotar o fascismo no Brasil no próximo período”, disse. Ao mesmo tempo, afirmou que a legenda precisa assumir a responsabilidade de preparar a sucessão política do presidente Lula. “26 será a última eleição que o presidente Lula estará nas urnas. O Lula não vai nos resgatar mais uma vez”, declarou.
Questionado sobre o perfil da frente a ser construída, Edinho foi enfático ao defender a repetição da estratégia adotada em 2022, que uniu diferentes espectros políticos em torno da candidatura de Lula. “Nós temos que repetir a articulação que elegeu o presidente Lula. E mesmo assim, ganhamos por 2% dos votos”, recordou. Ele ponderou que essa frente poderá incluir setores do centro e até da direita, desde que democráticos e comprometidos com a estabilidade institucional. “Nós teremos que apoiar muitas vezes candidatos que não sejam da esquerda, mas que sejam democratas”, explicou.
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