
As doenças reumáticas englobam um conjunto de mais de cem enfermidades que afetam articulações, músculos, ligamentos e tendões, como a artrite reumatoide, osteoartrite, lúpus e fibromialgia. Embora muitas delas causem dor, inflamação e limitação de movimento, o exercício físico tem se mostrado um importante aliado no processo de recuperação e controle dos sintomas.
Contrariando a crença de que o repouso absoluto é o melhor caminho, hoje se sabe que a prática regular de exercícios, desde que supervisionada por profissionais de saúde, pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes reumáticos. Os principais benefícios incluem aumento da força muscular, maior mobilidade articular, melhora do condicionamento cardiovascular e redução da dor e da rigidez matinal.
Dentre os tipos de exercício mais recomendados, destacam-se:
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Alongamentos: promovem a flexibilidade e ajudam a manter ou aumentar a amplitude de movimento das articulações.
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Exercícios aeróbicos leves (como caminhada, hidroginástica e bicicleta ergométrica): contribuem para a saúde cardiovascular e ajudam na redução do peso corporal, o que diminui a sobrecarga nas articulações.
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Fortalecimento muscular: feitos com pesos leves ou com o próprio peso do corpo, melhoram o suporte muscular às articulações, reduzindo o impacto e a dor.
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Exercícios aquáticos: são especialmente indicados, pois a água reduz o impacto nas articulações e facilita os movimentos, além de aliviar a dor.
É fundamental que o plano de exercícios seja individualizado e adaptado à condição clínica do paciente, respeitando os limites de dor e evitando movimentos que possam agravar o quadro. O acompanhamento por fisioterapeutas e educadores físicos com experiência em reumatologia é essencial para garantir segurança e eficácia.
Em resumo, o exercício físico, aliado a um tratamento médico adequado, representa uma poderosa ferramenta na recuperação e manutenção da saúde de pessoas com doenças reumáticas. Promove não apenas benefícios físicos, mas também emocionais, como redução da ansiedade e da depressão, comuns nesses quadros crônicos.
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