Alimento número 1 dos brasileiros despenca de preço nos mercados

               Preço de alimentos e bebidas cai pelo 5º mês seguido, mas ainda está acima  do que era há 1 ano

Em Fortaleza, o preço do café caiu em julho após um aumento expressivo no último ano. A redução se deve principalmente à super safra de café e à previsão de tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Foi registrado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) uma queda de 2,25% no preço do café local entre junho e julho, com o valor de 300 gramas passando de R$ 22,24 para R$ 21,74.

Fortaleza não foi a única cidade a observar essa redução: outras regiões brasileiras também sentiram o impacto. No mesmo período, Belo Horizonte registrou uma retração de 8,17% nos preços do café.

De acordo com o estudo “Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil”, do IBGE, o café é o alimento mais consumido entre os brasileiros (215,1g).

Influência da super safra e das tarifas

A abundância de café devido à safra robusta, aliada à expectativa das tarifas, provocou uma pressão descendente nos preços internacionais. Isso afetou também os preços locais. A combinação da política tarifária norte-americana com a farta produção de café gerou incerteza no mercado, resultando em uma queda dos preços.

No entanto, é importante destacar que o impacto dessas tarifas ainda não foi totalmente sentido nos mercados locais, de acordo com especialistas.

Mudanças no mercado do café

Antes da influência das tarifas e da super safra, o mercado de café enfrentava altas devido ao aumento da demanda internacional e à valorização do dólar, que impulsionou as exportações e reduziu a oferta interna.

A colheita, iniciada entre maio e junho, aumentou a disponibilidade de café no mercado interno, pressionando os preços para baixo. De acordo com o Dieese, a queda nos preços ainda pode se intensificar, dependendo das mudanças nas tarifas e da demanda global.

Especialistas do setor consideram que o preço do café no Brasil pode continuar a cair à medida que a oferta excede a demanda. A recuperação dos preços dependerá de vários fatores, incluindo condições climáticas e a resposta do mercado internacional diante das políticas tarifárias vigentes. 

Diário do Comércio 

 

 

 

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