Bolsa Família: Aumento do benefício está confirmado para setembro? saiba mais

                  Em junho, Bolsa Família contempla 20,5 milhões de lares, a partir desta  segunda-feira (16.06) — Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social,  Família e Combate à Fome

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, negou que exista qualquer estudo ou proposta para elevar o valor do Bolsa Família para R$ 700 a partir de 2026. A informação contraria coluna publicada pela revista Veja, que apontava suposta preparação de um reajuste pelo governo federal já para janeiro do próximo ano.

De acordo com Dias, não há discussão no Ministério do Desenvolvimento Social sobre aumento do benefício, atualmente com valor mínimo de R$ 600 por família, além dos adicionais previstos para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes. Fontes do Ministério da Fazenda também afirmaram desconhecer a proposta mencionada pela revista.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou a posição, afirmando que as medidas em análise pelo governo são “pontuais” e visam cumprir as metas fiscais — déficit primário zero em 2025 e superávit de 0,25% do PIB em 2026. Um reajuste expressivo do programa teria impacto direto nas contas públicas e na dívida federal.

Perfil dos beneficiários e desligamentos

Em agosto, cerca de 958 mil famílias deixaram de receber o Bolsa Família, seja por obtenção de emprego formal ou melhora da renda como empreendedores. Mais da metade (536 mil) saiu após cumprir a Regra de Proteção, que mantém o pagamento de 50% do benefício por até 24 meses para famílias que passam a ter renda entre R$ 218 e meio salário mínimo por pessoa.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que 98,8% das 1,7 milhão de vagas com carteira assinada criadas em 2024 foram ocupadas por pessoas cadastradas no CadÚnico, e 75,5% eram beneficiários do programa.

Combate à fome e preços dos alimentos

O Bolsa Família integra o Plano Brasil Sem Fome, que busca retirar o país do Mapa da Fome até 2030. Na próxima semana, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) deve divulgar dados que apontam avanço do Brasil nessa meta.

A queda no custo da alimentação também contribui para a segurança alimentar. Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou inflação negativa para alimentos (-0,18%), com 16 das 17 capitais monitoradas apresentando redução no preço da cesta básica. Carnes, ovos, arroz e feijão ficaram mais baratos.

Estrutura atual do programa

Desde a retomada do Bolsa Família, em março de 2023, o valor mínimo garantido é de R$ 600 por família, com adicionais de R$ 150 por criança de até seis anos e R$ 50 para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos, gestantes e nutrizes. Também há o piso de R$ 142 por pessoa no núcleo familiar. Em abril, 20,48 milhões de famílias foram atendidas, com valor médio de R$ 668,73.

O Ministério do Desenvolvimento Social destaca que o Bolsa Família “não substitui o salário, mas é um instrumento de proteção contra a insegurança alimentar e para garantir despesas básicas”.

Diário do Comércio 

 

 

 

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