A crise interna no Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou novos contornos e passou a ser interpretada como um sintoma de desgaste estrutural da Corte. Em uma transmissão especial, o comunicador Gustavo Conde afirmou que o país vive um momento em que “chegou a conta pro Supremo” e criticou duramente o que chamou de defesa automática de ministros por setores progressistas. Para ele, parte da esquerda estaria tratando o ministro Alexandre de Moraes como símbolo intocável — e isso abriria espaço para armadilhas políticas e desgaste institucional.
Na live intitulada “Supremo à deriva: crise no STF escala em todos os níveis; país quer respeito”, Conde disse que o debate público sobre a Corte precisa escapar da polarização simplificada — na qual a direita atacaria o Supremo e a esquerda deveria defendê-lo incondicionalmente. Segundo ele, a discussão central deveria ser: “Que STF nós queremos?”. Na avaliação do comentarista, o Brasil precisa de uma Corte com credibilidade, que respeite critérios éticos rigorosos e que não se deixe atravessar por interesses bilionários, relações promíscuas e vazamentos seletivos.
Em tom crítico, Conde afirmou que setores progressistas teriam transformado Moraes em uma espécie de “fetiche” político, adotando uma postura de torcida que impediria uma avaliação racional do momento vivido pelo STF. Para ele, a esquerda deveria concentrar energia em pautas estratégicas, como a defesa do presidente Lula, e não na blindagem de ministros que, segundo ele, já detêm poder suficiente para se sustentar institucionalmente.
Conde ironizou o que chamou de “xandetismo” e sugeriu que a mobilização em torno de Moraes revela um tipo de comportamento que considera politicamente improdutivo: uma defesa baseada em identidade e vaidade, e não na análise do funcionamento da Justiça e das instituições. Na sua visão, esse movimento acaba enfraquecendo o campo democrático ao permitir que adversários explorem contradições e construam narrativas de conivência com irregularidades.
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